Michael Jackson Vendido Pelo Seu "Amigo" Shmuley - por Roger Friedman

É chocante ver Shmuley Boteach, um rabino sem nenhuma congregação além de um público involuntário, pondo à venda Michael Jackson. Ele há pouco publicou um livro de entrevistas que ele gravou com o Michael por volta em 2000-2001. Todo o dinheiro vai para Shmuley Boteach. Não há nenhum fundo de caridade envolvido. (Ironicamente, Boteach também publicou recentemente um livro chamado "A Bênção de Enough: Rejeitando a Ganância Material, Abraçando a Fome Espiritual").

Este não foi o caso em 2000, quando me encontrei com Michael e Boteach juntos, numa noite de novembro. Foi na casa do guru Howard Rubenstein. Shmuley Boteach tinha convencido Michael a fundar um novo fundo de caridade com ele chamado "Time for Kids". Eles estavam tentando ensinar os pais a passar mais tempo com seus filhos. Havia cerca de trinta pessoas na sala de estar da casa dos Rubensteins na Fifth Avenue. Boteach fez um longo discurso sobre Michael ser a "mais incompreendida" celebridade do mundo, disse que ele amava tanto as crianças que tinha manequins deles em seu quarto, em Neverland. Essa revelação foi mais como um balão de chumbo.

Em 14 de fevereiro de 2001, "Time for Kids" teve sua primeira e única reunião, as pessoas compraram ingressos para ver Michael, Boteach e celebridades variadas como Johnnie Cochran, Mother Love, Judith Regan, Woolery Chuck e Dr. Drew Pinsky falar sobre gastar mais tempo com crianças. O evento foi chamado de "Amor, Trabalho e Paternidade: Você pode ser um sucesso no quarto, na sala de reuniões e na sala da família?" Estava cerca de 70% ocupado. Os ingressos foram de 40, 30 e 20 dólares.

Michael disse ao público, quando ele finalmente falou: "Eu estou tendo dificuldades para encontrar um tempo para mim mesmo, embora o rabino Shmuley me diga que ele vai me achar a mulher perfeita. Eu lhe respondo: desde que ela não seja jornalista!"

Quando a contabilidade do evento finalmente foi apresentada (eu divulguei, então) havia um total de 203 mil e 185 dólares coletados de doações públicas diretas. Ao mesmo tempo, as despesas do fundo de caridade totalizaram 259 mil e 432 dólares. Quase 20 mil dólares foram gastos em salários de pessoal e despesas de escritório. Nenhum dinheiro foi para crianças de qualquer tipo. Listados no preenchimento do IRS estava uma organização com presidente, secretário e tesoureiro. Os dois últimos (este repórter descobriu depois de fazer alguns telefonemas) foram a irmã e a mãe de Boteach. A irmã, Ateret Diveroli, repetiu exatamente como a mãe: "Eu não participo mais disso". A Sra. Diveroli insistiu em dizer-me que seu irmão era "muito honesto" e tinha parado de trabalhar com Michael Jackson, "porque nada estava acontecendo. Ele não estava fazendo nada." Isso foi muito bonito para a amizade de Michael e Shmuley.

Houve ainda uma viagem para Oxford, um par de meses depois, mas em junho de 2001 o álbum "Invencible" de Michael Jackson foi lançado. Em setembro, ele realizou seus shows do 30º aniversário. Shmuley tinha ido embora. Desde o momento em que Jackson foi preso em 2003 até sua morte, Boteach esteve fora de sua vida. Michael Jackson certamente não tinha lembrança de ter feito as fitas com Boteach, e nenhum desejo de tê-las publicado..

Ele vai por à venda seu curto relacionamento sem precedentes junto a Michael Jackson, enquanto o público - ou os bookers de TV, puderem suportar. A verdadeira patada: aquele seu relações públicas enviado ontem à imprensa, no Yom Kippur, oferecendo cópias do livro e resumos. Enquanto todos os rabinos de outros países do mundo estavam orando, Shmuley Boteach estava ocupado comercializando Michael Jackson para o seu próprio lucro. O comprador que se cuide.


Fonte: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]


ADENDO: Yom Kippur é o mais importante e sagrado dos feriados judaicos, o "Shabat dos Shabatot". É o dia da expiação ou do perdão, sendo assim, uma festividade solene caracterizada pelo jejum e o auto-exame.