Exclusivo do MJJC: Perguntas & Respostas com Jermaine Jackson [Parte 1]

Exclusivo do MJJC: Perguntas & Respostas com Jermaine Jackson [Parte 1]

Em 29 de fevereiro de 2012

Traduzido por Femme, exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução.


MJJC: Você ocasionalmente discutiu com celebridades que chamaram Michael de um viciado em drogas, e nós te amamos por isso. No entanto, você parece ficar em silêncio quando sua própria família chama Michael de viciado. Qual é a verdade? Você está em desacordo com certos membros da família que continuam a chamar Michael de viciado em drogas? Alguma vez você já disse a eles para parar com isso ou tentar usar palavra melhor nos seus comentários?

Jermaine Jackson: Eu não estou discordando com ninguém, porque todo mundo aceita que Michael morreu devido a intoxicação por Propofol, e ele usou isso porque ele estava desesperado para dormir, não porque ele era viciado.

Eu, pessoalmente, senti que era importante destacar a diferença entre o vício de Michael certa vez em analgésicos, e o vício da conversa sensacionalista dele estar "viciado" que a mídia e Murray erroneamente ligam à sua morte. Foi por isso que eu escrevi o que eu escrevi e por que eu chamei tudo de porcaria de mentira durante o julgamento.

Meus irmãos compartilharam conversas privadas e as preocupações com o nosso irmão sobre seu vício em torno de 2001/02, e eles têm o direito de falar sobre isso, mas falar sobre esse período não significa que eles estão chamando-o de um viciado em drogas em 2009. Ele não era.


MJJC: Por que você e muitos em sua família continuar a minimizar o que Michael disse que foi abuso nas mãos de Joe? Obviamente, Michael foi profundamente afetado por isso. Você e sua família sempre dizem que isso era disciplina quando não é. Você não acha que Michael tem o direito de dizer como é que ele viveu e como para ele foi abuso, independentemente de se você concorda ou não com ele?

Jermaine Jackson: Sim, Michael tinha o direito de dizê-lo, e eu também, porque eu experimentei a mesma disciplina de Joseph. Eu estava sendo disciplinado. Eu não estava sendo abusado. Ele nos tratou igualmente e eu não me desculpo por tentar colocar tudo isso em contexto. Em cada família, haverá perspectivas diferentes do mesmo evento. Eu dei a minha.

Eu vou dizer isto: eu li muitas biografias que inventaram o que Joseph teria supostamente feito. A maioria era pura fantasia ou por demais exagerada. Isso foi concebido para pintá-lo como um mau. Joseph nunca foi tão mau. Michael concorda com isso.

Não vou descartar a experiência e os sentimentos de Michael. O que eu tenho tentado fazer é equilibrar o que aconteceu e fazer o que Michael tentou ensinar a todos nós: ser mais compreensivo e mais compassivo. É por isso que eu usei seu discurso na Universidade de Oxford no livro porque ele não tinha o juízo ou sarcasmo que alguns fãs têm para Joseph. Ele o perdoou. Ele não o julgava. Ele também o amava e história merece saber isso.


MJJC: O que fez você sentir que Tohme Tohme era alguém digno de conhecer Michael e de estar no negócio com ele? Quais foram os seus pensamentos sobre Michael estar em um gravação dizendo que ele não gosta de Tohme e como ele controla tudo de Michael, incluindo o seu dinheiro, e o impede de ver alguém que ele não queria que Michael visse?

Jermaine Jackson: Eu já expliquei isso ao longo de muitas páginas no livro, porque eu sei como os fãs estavam interessados ​​e eu queria explicar tudo desde o início. A história completa está lá. Eu não posso repetir tudo de novo. Mas o maior equívoco é que eu o apresentei a Michael como uma espécie de sócio ou administrador. Isso não é verdade.

Conheci Tohme Tohme como alguém que poderia ajudar a financiar o projeto Cidade de Cristal (descrito no livro) no qual eu estava trabalhando com Michael por volta de 2007. Eu tive quatro reuniões com Michael para colocar a nossa visão sobre o papel. Era tudo sobre isso.

Encontrei-me com Tohme Tohme para encontrar um consórcio para levantar os 5 ou 6 bilhões de dólares necessários. Nem uma só vez eu fiz menção a ele que Michael estava envolvido nesse projeto. Nem uma vez.

Logo depois, ouvi dizer que Neverland estava em apuros. Houve conversas sobre fechamento. Essa foi a primeira vez que fui a Tohme Tohme falar sobre Michael (13 de abril de 2008), porque se esse cara poderia encontrar bilhões para um projeto de lazer, ele provavelmente conhecia os empresários que teriam os 23 ou 24 milhões de dólares para salvar Neverland. Esse foi o meu pensamento.

Encurtando uma longa história, Tohme Tohme me apresentou a Tom Barrack da Colony Capital. Não se enganem, Tom salvou a bunda financeira do meu irmão. O povo lá fora não tem idéia de quão perto do fio as coisas estiveram.

Aquele momento em diante, eu não fazia parte da equação e Tohme Tohme se voltou contra mim. Ele não era amigo meu e eu sei que ele se não tornou nenhum amigo de Michael. Mas, a partir de abril de 2008, as escolhas e as nomeações que foram feitas não tinham nada a ver comigo. Michael era o seu próprio homem com sua própria mente.


MJJC: Por que Tohme Tohme foi permitido no UCLA Medical Center e até mesmo autorizado a falar em 25 de junho, depois que Michael Jackson já havia demitido o funcionário?

Jermaine Jackson: Eu não sei por que ele estava lá ou quem autorizou isso. Quando cheguei ele já estava lá no corredor, mas você tem que entender que eu não estava pensando em nada disso, ou no porquê ele foi autorizado a falar. Aquele dia foi um borrão.


MJJC: Qual é a sua opinião sobre Tohme Tohme agora?

Jermaine Jackson: Minha opinião sobre ele? Ele era o mesmo que todos os outros que iam e vinham na vida de Michael - ele não entendeu a porta giratória, ele foi pego dentro dela, eu acho que seu coração estava no lugar certo, mas eu acho que o acesso foi a sua cabeça. Sua forma era muito forte e ardente para Michael no final.


MJJC: Você acredita que as ações do Dr. Murray em 25 de junho diretamente causaram a morte de Michael ou você se agarra à visão de Latoya sobre o que aconteceu? Em outras palavras, quem você acha que é responsável pela morte de Michael?

Jermaine Jackson: Com o processo de morte por negligência acontecendo, isso não é algo em que eu quero entrar, mas vou dizer isto: Murray foi a pessoa que injetou a dose fatal de Propofol, mas esse fato não remove as perguntas que eu ainda tem. Além disso, a morte de Michael era evitável por outros, muito antes das primeiras horas do dia 25 de junho de 2009. Ele estava morrendo muito antes de morrer e ninguém fez nada e ninguém nos alertou, a sua família. Se eu soubesse o que sei agora, eu teria ficado ali para desligar isso e levá-lo a um hospital.


MJJC: Por que você ficou surpreso por Michael não nomear os seus irmãos, irmãs e pai em seu testamento? Foi porque ele cuidava da família na vida que você acreditava que naturalmente ele faria o mesmo em caso de morte? Foi algo que Michael discutiu com a família?

Jermaine Jackson: Quem disse que eu fiquei surpreso? Nós não discutimos a morte de Michael. Por que nós o faríamos? O resto da família já tinha carreiras musicais e nós temos e sempre tivemos o nosso próprio dinheiro.

Michael fez o que um pai deveria fazer, um testamento - ele protegeu seus filhos, e também nomeou a nossa mãe. Com a inclusão dela, ele incluiu a nós. A leoa cuida de seus filhotes, e essa filosofia sempre foi entendida na nossa família.


MJJC: O que você acha sobre as pessoas que Michael designou para administrar o seu Espólio? E você está feliz com sua escolha? Por que parece como se sua família estivesse sempre indo contra o Espólio, iniciando projetos sem a aprovação do Espólio e fazendo comentários hostis à imprensa sobre as pessoas que administram o Espólio?

Jermaine Jackson: Nenhum Jackson precisa da aprovação de ninguém para iniciar um projeto que celebra ou recorda nosso próprio irmão. Nós não fomos nomeados, hipoteticamente, em 2002. Fomos nomeados pelo sangue ao nascer.


MJJC: Por que você e sua família sempre diziam que vocês queriam trabalhar com Michael novamente em álbuns e shows quando todos sabem que Michael não queria mais trabalhar com a sua família? Por exemplo: em 29 de outubro de 2008 você anunciou uma reunião da família. No dia seguinte, Michael lançou uma declaração de que ele não tinha planos de se reunir com seus irmãos. Por que você fez o anúncio sem conferir com Michael inicialmente?

Jermaine Jackson: Quem disse que "todo mundo sabe que ele não queria trabalhar mais com a gente"? Eles citam uma data e um exemplo e o aplicam para sempre?

Todos desconhecem que Michael tinha concordado em fazer um show "final" com os irmãos e que foi porque a Mãe queria nos ver todos juntos num palco no seu último tempo de vida, sem pensar que Michael iria morrer antes dela.

Ele fez essa promessa a ela, não a nós, e nós realmente não tinha falado sobre isso. Mas o show foi incluído nos muitos planos que ele tinha para depois de This Is It, incluindo datas na China e uma performance no Super Bowl 2010 (planos feitos antes do retorno de John Branca)


MJJC: Sua ex-esposa, Margaret Maldonado, disse que você era profundamente invejoso de Michael. Suzanne de Passe disse uma coisa semelhante no programa da Oprah em 1993 sobre os irmãos terem inveja de Michael. Você teve inveja ou não de Michael em agum momento em sua vida? E o que você acha de outros que o conheceram pessoalmente afirmarem que você tinha inveja de seu irmão?

Jermaine Jackson: As pessoas ouvem muito o que os outros dizem. Eu não me importo com o que os outros pensam que sabem, e não importa se eles me conhecem pessoalmente ou não - eles não podem saber o que estou sentindo por dentro. Não há uma pessoa lá fora que possa dizer com verdade que eu tenha dito, gritado ou reclamado de Michael de alguma forma invejosa. Houve diferenças de tempos em tempos, mas nunca inveja.

Estou tão orgulhoso de Michael como sempre estive quando ele estava vivo, e esta é uma razão pela qual eu escrevi o livro - para ouvir sobre nossa vida e nossa jornada em minhas palavras, de mais ninguém.


MJJC: Em seu livro e entrevistas de mídia para promovê-lo, você foi inflexível sobre a importância da família e como individualmente você seria mais fraco em comparação com como você seria coletivamente como uma unidade familiar. Foi um tema que você relacionou à carreira profissional de Michael, quando você falou sobre como outsiders da indústria da música tentaram separá-lo de seus irmãos, e que este não era um bom resultado. Como você explica então por que você foi o primeiro irmão a romper com o grupo familiar quando você ficou com a Motown para seguir carreira solo, ao invés de seguir o seu pai e irmãos para o melhor contrato de gravação na Epic? Se a sua carreira tivesse explodido e sido tão bem sucedida quanto a de Michael, você acha que você teria ficado tão ansioso para voltar ao grupo familiar?

Jermaine Jackson: Eu não tinha pensado muito sobre eu ter deixado o Jackson 5 até que isso veio para o livro, e foi apontado para mim que minha partida poderia ter sido um exemplo definitivo para Michael. Se era bom para mim romper, estava tudo bem para ele fugir. Eu vejo isso de uma maneira que eu nunca fiz antes.

Mas eu uso a história de Joseph sobre a árvore e os galhos ... como somos mais fortes quando unidos, não separados. Se você ler o livro, você verá o quão solitário eu era e como tudo o que eu queria era me reunir com os irmãos. Independentemente do sucesso, eu estava sempre disposto a retornar às raízes.

Isso é uma coisa diferente das pessoas em Hollywood que cercaram Michael e queriam ele isolado. Eu coloco tudo para fora no livro para as pessoas terem sua própria opinião e se perguntarem: Michael era um superstar em seu próprio direito, mas ele estava melhor como pessoa quando isolado da família? Eu vou te dizer agora: tinha família esteve no The Fórum ou Staples para This Is It, os ensaios teriam sido parados muito antes, e Michael ainda estaria conosco hoje.


Continua...