Brad Sundberg conta como foi trabalhar com Michael Jackson por 18 anos

Brad Sundberg conta como foi trabalhar para Michael Jackson por 18 anos.

Em 16 de agosto de 2010

Por Tom LeBlanc

Traduzido por Femme, exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução.



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Após 18 anos instalando seus sistemas de som, Brad Sundberg observou da ética de trabalho ao comportamento e aos chimpanzés da estrela pop.

Quando Brad Sundberg, proprietário da BSUN Media Systems, mencionou seu trabalho no rancho Neverland Valley de Jackson, durante sua CE Pro do perfil da semana, as perguntas vieram à mente:

Como era Michael Jackson como cliente? Como ele era longe das câmeras?

Sundberg, que diz ter trabalhado com o famoso intérprete em inúmeros projetos pessoais e profissionais por mais de 18 anos, escreveu sobre suas experiências em um longo ensaio em uma e-newsletter enviada pela BSUN um ano depois da morte de Jackson. A seguir, alguns trechos:


Em reunião com Jackson ...

Michael estava trabalhando em Captain EO para a Disneyland e Epcot Center. Ele estava descansado da Victory Tour, o álbum Thriller, seu domínio da MTV, e ele estava de volta ao estúdio. Eu gostaria de lembrar do nosso primeiro encontro, mas foi provavelmente apenas passando um pelo outro no corredor. Ele era sempre caloroso, embora tímido. Com o tempo, iria conversar agora e depois, mas levou tempo para construir a confiança.


O apelido de Jackson para Brad Sundberg ...

No início de 1986 a equipe mudou-se para o Westlake Studio D em Hollywood para gravar o álbum Bad, e fui bem acolhido. Eu trabalhava outras sessões durante o dia, mas à noite, fui convidado a sentar-me e aprender. Eventualmente, eu trabalhei o meu caminho para diretor técnico da equipe, e a confiança foi solidificada. Foi nessa época que Michael me apelidou de "Really, Really Brad" uma brincadeira com o refrão "Bad, Bad, Really, Really Bad." Verifique os créditos do álbum, que está lá.


Sobre como Jackson era ...

Nem por um momento eu pretendo ter sido um grande amigo dele, ou um confidente. Antes, eu trabalhava para ele e com ele, e considero isso uma honra.

Ele era um profissional consumado. Se a sua voz estava programada para um tempo forte ao meio-dia, ele estava lá, às 10 horas, com o seu preparador vocal Seth, cantando escalas. Sim, as escalas. Eu deveria configurar o microfone, verificar o equipamento, fazer o café, e todo o tempo ele iria cantar escalas durante duas horas.

Ele normalmente dirigia para o estúdio sozinho. Por um tempo, ele dirigia um grande Ford Bronco com amassões e arranhões sobre ele. Ele não era um grande piloto. Mais de uma vez ele ligou para o estúdio para dizer que chegaria atrasado depois de ir em um mecânico desentortar o pára-lamas.

Ele estava muito curioso sobre a "vida normal". Ele me perguntou sobre o Natal uma vez, e não conseguia entender como as crianças podem esperar até a manhã de Natal para abrir os presentes. Você vê, ele foi criado como Testemunha de Jeová, por isso o Natal não era comemorado na família Jackson.

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Sobre o trabalho em estúdio com Jackson ...

Um "típico" álbum MJ levaria entre 10 e 16 meses no estúdio. Seu orçamento autorizava até 100 músicas a serem gravadas para um determinado projeto. Algumas seriam descartadas no início, enquanto outras eram afinadas. Músicos seriam levados para adicionar suas texturas e idéias, mas no centro de tudo estava o Michael.

A equipe era extremamente pequena, dada a abrangência dos projetos. Cada projeto era um pouco diferente nisso, mas geralmente havia menos de oito pessoas trabalhando dia a dia, desde o primeiro dia até que o projeto fosse dominado. Não havia um séquito. Nada de ossos do Homem-Elefante. Nada de groupies. Nenhuma droga. Apenas música. E comida.


Sobre o amor de Jackson por comida e pelo "dia da família" ...

Durante o [making of do álbum] BAD, as sextas rapidamente se tornaram conhecidas como o "dia da família". Ele teria seus dois chefs, carinhosamente conhecidos como os Slam Dunk Sisters (as Irmãs Ensopado Estrondoso), preparando um grande jantar para a equipe, músicos e todos os membros da nossa família que pudessem estar por perto. Desde que eu estava trabalhando, às vezes 80 horas por semana, não era incomum para Deb [sua esposa] vir jantar conosco. Michael amava essas confraternizações familiares.

Em outros projetos mais tarde, eu iria trazer minhas filhas, a quem ele amava e com quem iria brincar. Há um momento no tempo guardado em minha cabeça quando Deb trouxe minha filha Amanda, que era apenas um bebê na época, para o estúdio para passar a tarde. Ela criou um tapete de brincar e trouxe alguns brinquedos, e Michael sentou-se e brincou com ela por um tempo. Ele olhou para Deb e disse: "Este é o seu próprio mundinho, não é?"


Celebridades visitantes e chimpanzés ...

Não era raro que celebridades e VIPs fossem parar lá dentro. Um dia, o Serviço Secreto investigou o prédio um par de horas antes de Nancy Reagan chegar para uma visita. Em seguida, foi a princesa Stephanie de Mônaco ... Os chimpanzés eram convidados habituais no estúdio, assim como uma cobra gigante, dos quais eu acabaria tomando conta durante os vocais de MJ.


Observando Jackson escrever canções ...

Eu vi como ele escrevia muitas canções, e o processo é surpreendente. Eu lhe perguntei de onde elas vieram, e ele disse que eram presentes de Deus. Ele podia ouvir a música inteira na cabeça, antes que pudéssemos colocar a fita nos equipamentos. Ele, às vezes, cantava a bateria, o baixo, a percussão, os teclados, etc, e mais tarde traria os músicos para substituir suas faixas demo.


Sobre a infância de Michael Jackson ...

Eu me lembro dele me contando sobre as mulheres adultas atirando-se sobre ele quando ele tinha apenas 9 ou 10 anos de idade.

Uma história que eu nunca vou esquecer foi ele contar sobre voar com seu pai e seus irmãos no meio de uma tempestade com relâmpagos, à noite. O avião estava balançando para todos os lados, as luzes estavam piscando, e ele começou a chorar de medo. Seu pai o ignorou, envergonhado. Uma comissária de bordo sentou-se com ele até que o avião atravessou a tempestade. Ao ouvi-lo contar a história, com lágrimas nos olhos, eu tive um vislumbre de sua vida.


Sobre o trabalho em Neverland ...

Algo em torno de 1991,ele me pediu para visitar uma fazenda que tinha comprado, e projetar um sistema de som de um carrossel. A próxima coisa que eu sabia era que estava em Neverland Valley Ranch, em Santa Ynez, Califórnia. Havia construções por toda parte, e o parque de diversões estava nos estágios iniciais da instalação.

Ao longo dos próximos anos, Michael me pediu para construir sistema de som após sistema de som, colocando música em carrinhos, no zoológico, em dois trens, em todo o parque de diversões, o lago de barco, nas estações de trem e, eventualmente, dentro da casa, e dentro de seu quarto e do seu banheiro. Deb adora contar dos tempos de Michael ligaria às 2 da manhã (seu horário de sono nunca foi normal) para falar comigo sobre uma nova atração que ele havia trazido para Neverland, e se eu poderia colocar música nela.

Eu ainda tenho uma velha gravação da secretária eletrônica com ele me agradecendo por um dos sistemas que eu havia construído.

Foi nessa época que Michael me apelidou de "Really, Really Brad" uma brincadeira com o refrão "Bad, Bad, Really, Really Bad." Verifique os créditos do álbum, que está lá.

Sempre criando, com senso de humor, este era o bom e velho Michael...rs...

Nem por um momento eu pretendo ter sido um grande amigo dele, ou um confidente. Antes, eu trabalhava para ele e com ele, e considero isso uma honra.

Adorei isto. Nada de fingir uma falsa intimidade. Apenas o sincero reconhecimento do homem com quem teve a honra de trabalhar.

Ele era um profissional consumado. Se a sua voz estava programada para um tempo forte ao meio-dia, ele estava lá, às 10 horas, com o seu preparador vocal Seth, cantando escalas. Sim, as escalas.

Nunca canso de ouvir isso: excelência, dedicação, perfeccionismo, amor à arte.

Músicos seriam levados para adicionar suas texturas e idéias, mas no centro de tudo estava o Michael.

Sim, o comandante em seu navio.

Não havia um séquito. Nada de ossos do Homem-Elefante. Nada de groupies. Nenhuma droga. Apenas música. E comida.

E os tablóides enriquecendo com seus boatos infames...

Durante o [making of do álbum] BAD, as sextas rapidamente se tornaram conhecidas como o "dia da família". Ele teria seus dois chefs (...) preparando um grande jantar para a equipe, músicos e todos os membros da nossa família que pudessem estar por perto (...) Michael amava essas confraternizações familiares.

Sempre cuidando do bem estar de todos, sempre tentando unir as famílias, imagino sua alegria em poder oferecer isso à sua equipe.

O avião estava balançando para todos os lados, as luzes estavam piscando, e ele começou a chorar de medo. Seu pai o ignorou, envergonhado...

Que canalha sem coração!