Legado Michael Jackson: As Mentiras Que Se Ligam - [Parte 1]

Legado Michael Jackson: As Mentiras Que Se Ligam - [Parte 1]

Por Deborah French, em 1º de maio de 2011

Pesquisado por Pat_Marcel.
Traduzido por Femme, exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução.


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29 abril de 2011. Londres. A Abadia de Westminster geme sob seu próprio peso em flores e uma nação reza para o sol brilhar. Um país de séculos de idade ofegante enquanto espera por um jovem príncipe e uma jovem mulher que se tornaria uma princesa - bem, duquesa como ela se tornou - se beijarem. O nível de expectativa e interesse no casamento do Príncipe William e de Kate Middleton, cresceu, nas semanas e dias antes do grande dia, movido não apenas pelo frenesi da mídia, mas pelo desejo enorme de ver o filho mais velho da falecida ex-Princesa de Gales fazer sua escolha diante de uma platéia de bilhões. Lady Diana Spencer, auto-confessada "Rainha dos Corações", foi para muitos na Inglaterra e no exterior, a verdadeira heroína da Família Real. E foi a memória da alegria potencial que uma jovem Diana em próprio casamento representava e a enorme tristeza e raiva de sua morte precipitada - que deu ao casamento de seu filho o pathos e a potência histórica que ele teve.

A realidade que foi, de fato, a morte de Diana que revitalizou a mitologia e a popularidade da realeza britânica é uma profunda ironia. Sujeitos a manchetes hostis da mídia após o colapso do casamento do Príncipe Charles e Lady Diana - na sequência da morte de Diana, a Família Real atingiu seu mais baixo índice de aprovação desde que o rei Edward VIII abdicou em 1936. Milagrosamente, a mesma Família Real goza agora da nova afeição que tem transferida da adoração do povo e do respeito por Diana - ela ganhou o respeito, para seu primogênito, o Príncipe William.

O Establishment político, a Família Real e a classe dominante ainda predominante na sociedade britânica, evitava Diana por sua informalidade aparentemente imprevisível e distintamente moderna forma de se relacionar com um povo que a Constituição Britânica teimosamente define como 'sujeitos'. Mas a razão pela qual Diana manifestamente rejeitou o destino que havia sido cuidadosamente traçado para ela, e foi em seguida rejeitada pelo Establishment com desprezo, foi essa singularidade: sua recusa em aceitar um casamento sem amor. Que gerações de mulheres reais e aristocratas antes dela tenham concordado com infelizes casamentos arranjados e permanecido em silêncio, não mudou a mente de Diana ou a aceitação posterior do divórcio.

Diana, a garota tímida que se tornou uma mulher diante das lentes do mundo, retratada então (e ainda hoje em alguns lugares), como fraca, estúpida - e famosamente, pelo parlamentar Nicholas Soames no programa da BBC, o programa político de TV Newsnight, em novembro de 1995, após a entrevista de Diana com Martin Bashir como - sofrendo de "doença mental " e em "estágio avançado de paranóia', simplesmente disse: "Não." Decidindo que os votos que ela fez durante seu casamento de 1981 - sem mencionar os meios intrusivos, de um dos quais ela inegavelmente se tornou vítima - já não poderiam ser honrados, se o marido que ela tinha não a amava exclusivamente: Diana fez uma escolha. Embora essa escolha viesse a expô-la cada vez mais às atenções agressivas de uma imprensa voraz que não seria ignorada, uma questão entre muitas sofridas perguntando: Será que Diana teria feito algo diferente se ela ainda tivesse a chance de escolher entre um compromisso sem amor ou a liberdade pessoal e a auto-estima? Suspeita-se que a resposta seria não.

E é esta verdade, para além de um extenso trabalho filantrópico de Diana - que é o seu maior legado. É por isso que o apelido de 'Rainha dos Corações "ainda tem potência real e longevidade. O exemplo que ela deixou para seus filhos e para o mundo: que nenhum tipo de privilégio ou reconhecimento de status social jamais poderia compensar a miséria e a dor de uma vida de decepção emocional decorrente disso - continua a ser um tanto ousada e poderosa. A única razão pela qual o casamento do Príncipe William com Kate Middleton capturou a imaginação e os corações de milhões de pessoas em todo o mundo é simples: ele se casou por amor. E essa escolha, esta única decisão, agora terá glorioso efeito cascata sobre as gerações que dele decorrerem.

Na cobertura da BBC na noite do evento, o jornalista britânico Andrew Wilson, comentando, afirmou este fato verdadeiramente inédito: "Pela primeira vez em mais de 300 anos, um futuro monarca olhou para fora do seu círculo íntimo para sua noiva - e a trouxe para casa. "Isso foi um verdadeiro presente de Diana. Diana legou aos seus filhos a necessidade de viver uma vida autêntica, não importa o quão difícil e, o valor e a necessidade de amor autêntico para preencher a vida. O primeiro de seus filhos abriu agora esse presente. Esse é o poder do legado.

Legado. Uma palavra curiosa. Aplica-se à linhagem da riqueza herdada e famílias históricas, e também se aplica a todo ser humano. Quem somos, como vivemos, e que nós damos, durante as vidas que nós são designadas - são peças-chave do montante que deixamos para trás. E do outro lado, Michael Jackson também deixa um legado para seus filhos, e para o mundo. Como Diana, Michael usou sua fama, tempo e energia - não para falar de milhões de dólares - para beneficiar positivamente a vida dos outros. E, como Diana, Michael também viveu a sua vida sob escrutínio inimaginável. Nos últimos anos de Diana, no entanto, a relação ainda relativamente frágil que lhe foram oferecidos pelos meios de comunicação na Grã-Bretanha depois de seu divórcio e novos relacionamentos, para não mencionar a mídia ainda arrebatadora que ela gostava na América e ao redor do mundo, foram exponencialmente mais humanos do que àquela ofertada a Michael Jackson. Embora ambas as figuras públicas suportaram níveis de violação de atenção da mídia, Michael fez isso por muito mais tempo e em uma escala muito mais maléfica.

No entanto, continuam a existir conexões notáveis ​​entre estes dois ícones; semelhanças das quais aparentemente Michael e Diana foram bem conscientes. Em uma entrevista de 1997, no popular programa de televisão 20/20, a apresentadora Barbara Walters revelou que os dois últimos shows da perna européia da turnê 'HIStory' foram dedicados a Diana depois que Michael soube da sua morte. Pungentemente, na entrevista Michael revelou que, durante um dos shows, ele tinha esse pensamento da falecida princesa: "Eu te amo, Diana. E brilhe para sempre, porque você é a verdadeira Princesa do Povo." Curiosamente, a escolha de palavras de Michael aqui nega completamente a descaracterização dos meios de comunicação social como ele desconhecendo, ou sendo incapaz de entender a politica do mundo real. Claramente Michael entendeu o insulto grave e a exclusão do establishment britânico destinados à Diana, quando, como condição de seu acordo de divórcio, ele insistiu que o título de "Princesa" fosse retirado da posição oficial de Diana como uma Real.