Promotores afirmam que Dr. Murray mudou seu relato

Promotores afirmam que o médico de Michael Jackson mudou a história

Em 18 de abril de 2011

Traduzido por Femme,exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução.


LOS ANGELES (AP) - O médico acusado na morte de Michael Jackson tentou mudar a sua história sobre suas ações envolvendo o astro pop, contando aos seus próprios especialistas que estarão no julgamento uma história diferente do que ele disse à polícia, disseram os promotores nesta segunda-feira.

Os Promotores David Walgren e Deborah Brasil entraram com uma moção pedindo ao Tribunal que proibisse novas alegações pelo réu, Dr. Conrad Murray.

Eles disseram que ele aparentemente fez as alegações em uma nova conversa com dois médicos que vão testemunhar a favor dele no caso.

Os relatos foram revelados em cartas dos especialistas, Dr. Paul White, um anestesiologista, e o Dr. Joseph Haraszti, psiquiatra e diretor de hospital.

Os promotores acreditam que Murray falou com os especialistas após uma audiência preliminar em janeiro que se concentrou em suas declarações à polícia após a morte de Michael Jackson em junho de 2009.

A moção citou Murray como tendo dito aos especialistas que ele deixou o quarto de Jackson para fazer uma chamada de telefone, embora inicialmente ele tenha afirmado que deixou Jackson para ir ao banheiro.

Os especialistas também afirmaram que Murray alegou ter experiência no uso do propofol - o poderoso anestésico que matou Jackson - como um sedativo, mesmo que Murray não tenha feito tal afirmação em interrogatórios policiais.

A moção também diz que Murray afirma pela primeira vez que Jackson tomou propofol em suco de frutas enquanto o médico não estava olhando. Os promotores disseram que isso era especulação.

J. Michael Flanagan, um advogado de Murray, disse que seu cliente não realmente mudou sua história, mas sim explicou alguns fatos para o Dr. White.

Murray tinha esquecido alguns detalhes quando ele falou com a polícia, explicou Flanagan, acrescentando que seu cliente decidiu fazer alguns telefonemas depois de ir ao banheiro.

Além disso, a seqüência temporal dos eventos era um pouco diferente quando Murray pensou sobre isso mais tarde, disse Flanagan.

Murray se declarou inocente de homicídio involuntário. Um médico legista concluiu que Jackson morreu de uma overdose de propofol e outros sedativos.

Os promotores públicos chamaram as novas declarações sobre as ações de Murray "uma tentativa camuflada de introduzir o novo réu, se beneficiando com novas declarações sem se submeter ao cruzamento de depoimentos".

"Essas informações entram em conflito com o que o réu disse a polícia em suas entrevistas anteriormente", afirma a moção.

A única maneira destas declarações serem admissíveis, disseram os promotores, é que Murray testemunhe em sua própria defesa e esteja sujeito ao confronto de depoimentos. Eles disseram que os relatórios de ambos os médicos contêm inúmeros exemplos de novas declarações em conflito com relatos anteriores de Murray.

Uma audiência sobre as moções está prevista para quinta-feira. A seleção do júri recomeça em 04 de maio.