Crítica: "Hold My Hand" (Michael Jackson e Akon)

Crítica: "Hold My Hand" (Michael Jackson e Akon)


Por Joe Vogel, em 15 de novembro de 2010

Traduzido por Femme, exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução.


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Desta vez, não haverá qualquer controvérsia sobre os vocais. A única questão é quanto tempo vai levar até que escale as paradas (se a propaganda boca-a-boca dá alguma indicação disso, minutos depois de sua estréia à meia-noite, ela já era # 1 nos trending do twitter em todo o mundo). "Hold My Hand" é uma singela, mas poderosa música, que incorpora muito do que os fãs adoram em Michael Jackson. Como um U2's, "One" é uma "canção de amor" que se expande para além, tornando uma coisa pessoal mais profunda e universal. Com o seu refrão cativante e majestoso, ela tem todos os ingredientes de um grande sucesso (talvez o primeiro # 1 de Jackson nos EUA desde "You Are Not Alone" em 1995).

Os críticos, sem dúvida, apontarão o excesso de floreios da música e o sentimentalismo. Claramente, em sua produção atual, Akon estava visando algo maior do que a versão 2008 que vazou online. Isso funciona, porém, entre outras razões, devido ao contexto. Esta é uma canção de catarse para muitos ouvintes. E é isso que a elevação do gospel infundido termina oferecendo. Haverá sempre um lugar (e necessidade) para canções que unem as pessoas, lembrando-nos do amor, de superar divisões e de união.

Apesar de toda a sua suntuosidade e grandiosidade, existem alguns bons toques sutis. A introdução é uma variação do Pachelbel's Canon in D Major (Jackson era um amante de música clássica). O vocal de Jackson é discreto, mas eficaz, capturando uma combinação de alegria, saudade e tristeza. A letra de abertura ("Esta vida não dura para sempre ...") é uma lembrança marcante da transitoriedade da vida.

Se uma canção como essa não puder superar o popzinho de Kesha e Katy Perry, isso diz muito mais sobre o estado da música pop do que sobre Michael Jackson. "Hold My Hand" não é "Man in the Mirror", mas é um bom presente de consolação para preencher o vazio de sua ausência.


Joe Vogel é autor de três livros, incluindo o ainda não lançado "Man in the Music: The Creative Life and Work of Michael Jackson" (Sterling 2011).


Fonte: The Huffington Post