Em Memória do Rei do Pop: Entrevista com Patrick Cross, da banda Who's Bad

Em memória do Rei do Pop

Bate-papo com Patrick Cross, guitarrista da banda Who's Bad

Por Tádzio França, em 18 de maio de 2012



The Ultimate Michael Jackson Tribute é tocado, cantado - e dançado - ao vivo


Michael Jackson saiu definitivamente de cena no dia 25 de junho de 2009, mas nem parece. A presença do eterno Rei do Pop nunca deixou a memória popular, o inconsciente coletivo. E nem precisa ter mais de trinta pra saber disso. A obra do cantor, compositor e dançarino americano é abrangente e atemporal. Mesmo assim, um pouco de luz, música e movimento ao vivo ajuda bastante a reavivar a memória. A banda americana sugestivamente chamada Who's Bad vem a Natal neste sábado para apresentar o show "The ultimate Michael Jackson tribute band", às 21h, no Teatro Riachuelo. A turnê nacional começou dia 16 passado em São Paulo, e seguirá para Curitiba, Recife e Porto Alegre.

O que esperar de uma banda que apresenta um tributo a Michael Jackson? Muita performance, música alta e dança. O grupo criado em 2004, na Carolina do Norte, se caracteriza por oferecer uma reprodução fiel da obra de Jacko, toda executada ao vivo por músicos de primeira linha, ao lado de oito dançarinos que encarnam os imortais passos de dança do cantor, com toda a indumentária característica. Das luvas brilhantes às espalhafatosas jaquetas, tem um pouco de tudo para fazer o público viajar no tempo.

"Toda a obra de Michael Jackson é tão incrivelmente divertida, energética e musical, que é quase impossível não dançar e cantar em toda as canções", diz o guitarrista Patrick Cross, em entrevista por e-mail ao FIM DE SEMANA. Ele completa a banda ao lado de Darion Alexander (baixo e vocais), Nyk Baglio (bateria), Joseph Bell (voz), Taalib York (voz), Ray MacCall (trompete e voz), Daniel Rychlec (dançarino e coreógrafo), e Jonathan Sirois (dançarino). O grupo, aliás, é um show à parte, pois contém músicos que já tocaram ao lado de nomes como Aretha Franklin, The Four Tops, Boys II Men, The Backstreet Boys, entre outros.

Michael Jackson deixou um legado sonoro de quase quarenta anos. A maior parte dele, essencial. O Who's Bad faz um passeio entre todas as décadas que MJ dominou a música pop. "O show reúne todas as fases da carreira de Michael, desde o seu começo no Jacksons 5, passado pelo Jacksons adolescentes, até todos os momentos de sua carreira solo", explica Patrick Cross. Então, pode aguardar no repertório clássicos como "ABC", "Billie Jean", "Rock with you", "Thriller", "Human nature", "Beat it", "Remember the time", entre vários, tocados entre um 'moonwalk' (o passinho deslizante pra trás) e outro.

"Who's Bad" foi fundado pelo saxofonista, compositor e arranjador Vamsi Tadepalli. Do começo no pequeno club da Carolina do Norte, o grupo foi logo tendo sua performance reconhecida. Segundo Patrick, reproduzir a energia pura que Michael e sua banda possuíam no palco durante as performances foi a parte mais difícil para eles. Mas o reconhecimento veio - e por parte de gente gabaritada para falar da obra de Jacko. Personalidades como Anthony Nicolaidis, da Livenation's, considerou a banda como "the real deal".

Um dos maiores reconhecimentos veio por parte de Frank DiLeo, empresário e amigo de longa data de Michael Jackson, que após assistir a um show da banda em Nasshville, declarou: "O show é maravilhoso! Michael ficaria orgulhoso se estivesse aqui". O sucesso foi tanto que Who's Bad foi convidado a se apresentar no London's O2, em dezembro de 2010, no mesmo teatro onde Jacko iria estrear o tão aguardado "This is it", não fosse pela sua morte prematura em 2009. A banda já realizou mais de 700 shows fora dos Estados Unidos. Uma prova de que a música de MJ continua global e interessando às mais diversas gerações. "Ele influenciou toda uma nova geração de performers e, através deles, sua música atemporal continuará vivendo", conclui o guitarrista. Alguém duvida?


Performance do Who's Bad




Patrick Cross, guitarrista da banda Who's Bad


FDS - Como o espetáculo retrata as diferentes fases da carreira de Michael Jackson?

O show reúne tudo da carreira de Michael: desde seu começo com o Jackson 5, até o Jackson's, e todos os caminhos através de sua carreira solo.

Qual época da carreira de MJ mais faz o público vibrar?

A obra de Michael é tão incrivelmente divertida, energética e musical que é quase impossível não dançar e cantar em todas as músicas.

O que é mais difícil de reproduzir no palco quando o assunto é MJ?

A parte mais difícil é simplesmente capturar a pura energia que Michael e sua banda tinham no palco durante suas performances. É nossa meta deixar claro para todos que eles tiveram uma experiência forte e maravilhosa a cada show.

A morte dele trouxe um novo público para vocês?

O público sempre amou sempre amará a música de Michael. Mas com a morte dele, foi visto que ainda mais pessoas tiveram a percepção do quanto o quanto era incrível e maravilhosa a música dele, e o dom especial para a performance que ele tinha, sem igual.

Vocês sentem que o público de MJ se renovou?

Sempre haverá um número sem fim de fãs de MJ ao redor do mundo. A música dele é realmente atemporal, e eu me sinto honrado em tocá-la e repartir esse dom com tantas pessoas.

Como surgiu a ideia de montar uma banda para tocar MJ?

A banda foi criada pelo nosso diretor Vamsi Tadepalli e sempre foi chamada de "The ultimate Michael Jackson tribute band". A música é simplesmente tão boa e prazerosa que é um prazer absoluto tocá-la dia e noite.

Qual a influência de MJ para a música pop de hoje?

MJ é realmente o Rei do Pop. Sua influência engloba toda uma nova geração de artistas e, através deles, sua incrível e poderosa música sempre viverá.


Fonte: Tribuna do Norte