Universal e Sony/ATV compram a EMI por US $ 4,1 bilhões (Atualização pág. 1 e 2)

Universal e Sony/ATV compram a EMI por US $ 4,1 bilhões

Por Ryan Nakashima, em 11 de novembro de 2011

Traduzido por Femme, exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução.


LOS ANGELES (AP) - A EMI Group Ltd., empresa de música britânica que é a icônica casa de The Beatles, Coldplay e Katy Perry, está sendo dividida e vendida por US $ 4,1 bilhões.

As ofertas abertas aos compradores da EMI, Universal Music e Sony/ATV, passarão por análise dos órgãos reguladores considerando que a medida aumenta o seu domínio da indústria da música.

A Universal Music Group disse sexta-feira que pagará 1.2 bilhões de libras (US $ 1,9 bilhão) pela divisão de gravação, juntando artistas da Universal, incluindo Lady Gaga e Eminem com superstars da EMI, como David Guetta e Lady Antebellum.

Um consórcio liderado pela Sony/ATV anunciou uma negociação em separado na sexta-feira para pagar US $ 2,2 bilhões pela divisão editorial da EMI. Esta empresa é responsável por composições autorais de artistas como Rihanna e Norah Jones.

A Sony/ATV, uma joint venture entre a Sony Corp e o Espólio de Michael Jackson, disse que é um parceiro de 38 por cento no consórcio. Outras parceiros incluem a Mubadala Development Co., Ltd. Jynwel Capital, o Grupo Blackstone e David Geffen.

A venda em duas partes, se aprovada pelos órgãos reguladores, aumentará ainda mais o domínio da Universal Music na gravação de música e será um trampolim para a Sony/ATV ocupar o topo como editora de música, de acordo com a Impala, uma associação de empresas européias de música independente que é contra o negócio.

As compras dariam à Universal Music e à Sony/ATV poder indevido de negociação sobre artistas e distribuidores de música, mesmo sobre o maior armazenador de música do mundo, o iTunes da Apple Inc., disse a Impala.

Ambos os negócios devem ser cuidadosamente analisados na Europa, EUA, Japão e Austrália. Mesmo se os órgãos reguladores aprovarem, eles poderão forçar a venda de ativos-chaves ou anexar outras condições.

Helen Smith, presidente executiva da Impala, observou que quando a Universal Music comprou a editora musical da BMG em 2007, ela teve que vender alguns ativos para ficar menor.

"Quando você tem jogadores que são dominantes, mesmo que acrescente pequenos jogadores da quota de mercado, isso pode ter um sério impacto sobre a concorrência", disse ela.

Jean-Bernard Levy, CEO da Universal Music Vivendi SA, empresa-mãe, disse a analistas em uma teleconferência que ele estava "muito confiante" que o negócio será aprovado em menos de 10 meses.

Nos Estados Unidos, a Universal é maior produtora musical com uma quota de mercado de 30 por cento, comparada com a EMI de 9 por cento, segundo a Nielsen SoundScan. Com uma participação combinada de 39 por cento, ela supera a Sony com 29 por cento e a Warner Music com 19 por cento.

No lado editorial, a Sony/ATV irá adicionar os direitos autorais da EMI sobre 1.300 milhões de músicas à sua lista de 750 mil músicas que incluem sucessos de The Beatles, Bob Dylan e Taylor Swift.

O acordo deixa a Citigroup, atual proprietária da EMI, com a responsabilidade pelo subfinanciamento do seu plano de pensão, de acordo com outras duas pessoas familiarizadas com as negociações. Uma estimou esta responsabilidade em US $ 600 milhões, o outro disse que era cerca de US $ 260 milhões.

Nenhuma pessoa estava autorizada a falar publicamente e falaram sob condição de anonimato.

O EMI Citigroup tinha colocado à venda em junho, quatro meses depois de ter encerrado sua empresa de capital privado Terra Firma. A Terra Firma comprou a EMI em 2007 por US $ 6,8 bilhões em uma aquisição financiada com a dívida do Citigroup, mas não conseguiu ganhar dinheiro suficiente para prosseguir com as condições.

Vivendi acredita que é arrebatador comprar um ativo conturbado em um "ponto de virada" na indústria da música, disse Levy. Graças aos ganhos nas faixas digitais e vendas de álbuns, as vendas de álbuns em geral dos EUA estão subiram até 5,2 por cento, com 360 milhões de unidades neste ano, segundo a SoundScan. Neste momento do ano passado, as vendas globais de álbuns despencaram 10 por cento.

Vivendi espera cortar custos e poupar mais de US $ 150 milhões por ano - tornando o negócio rentável, mesmo se a indústria da música não crescer no futuro. Vivendi espera que o negócio impulsione seus lucros no primeiro ano após a aprovação regulatória.

O analista da Morningstar, Allan Nichols, que cobre a Vivendi, visualiza o negócio com ansiedade por medo de que a indústria da música possa retomar o seu declínio e que os reguladores possam rejeitá-lo.

Mas os reguladores antitruste poderiam ser mais tolerantes com as grandes conexões no momento em que a indústria da música está lutando para se recuperar de mais de uma década de pirataria on-line, disse ele.

Além disso, a Vivendi está pagando menos por dólar de lucro do que a Access Industries de Len Blavatnik fez quando pegou a Warner Music Group Corp. por US $ 1,240 bilhões em julho.

"O catálogo é muito impressionante, e eles não pagaram um lote inteiro", disse Nichols.

A Sony/ATV tem interesse em expandir a sua biblioteca devido à estabilidade dos direitos autorais da música de licenciamento, um negócio que tem sido rentável ao longo dos anos porque ele depende de clientes empresariais, como cineastas, em vez de consumidores individuais.

A Sony/ATV tem planos para colher novas rendimentos do catálogo da EMI, que inclui cerca de 100 sucessos nº 1 de artistas da Motown como Smokey Robinson, Marvin Gaye, Stevie Wonder e The Supremes.

"Achamos que existem biografias e histórias de vida ainda a serem contadas sobre eles", disse o Chefe Executive da Sony/ATV Marty Bandier em uma entrevista. "Há uma profundidade e qualidade para este ativo que não pode ser comparado a nada."

Em um movimento que pode apaziguar os órgãos reguladores na Europa e nos EUA, a Vivendi disse que iria vender 500 milhões de euros (US $ 680 milhões) no valor de ativos não essenciais, principalmente participações minoritárias em empresas não reveladas. Os licitantes estratégicos que perderam o leilão, tais como a Warner Music, deverão disputar esses bens.

Vivendi disse que a EMI, sediada em Londres, iria encontrar uma casa segura em uma companhia com sede não muito longe dali, em Paris.

"Para mim, como um inglês, a EMI foi a empresa de música proeminente com a qual eu cresci," disse o CEO da Universal Lucian Grainge disse em um comunicado. "A UMG tem o compromisso de preservação do património cultural da EMI e da diversidade artística e também investir em seus artistas e nas pessoas para aumentar os ativos da empresa para o futuro."

Grainge disse na teleconferência que iria assegurar que o famoso estúdio de gravação dos Beatles, Abbey Road Studios, permaneceria aberto como um "símbolo da cultura britânica."

A Universal lançou declarações de apoio de bandas, inclusive do empresário do Coldplay, Dave Holmes, que disse que "isso só pode ser um fator positivo para os artistas e os executivos da EMI."

ATUALIZAÇÃO

Negócio da Sony com a EMI reúne músicas do Jackson 5 com Michael Jackson

Por Zack O'Malley Greenburg, em 14 de novembro de 2011

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Nos anos após Michael Jackson ter se tornado uma estrela internacional, a canção "I Want You Back" assumiu uma espécie de novo e reflexivo significado para ele.

Com o caixa cheio de dinheiro com o sucesso estratosférico de sua carreira solo, Jackson pensou seriamente em comprar os direitos de publicação de algumas das canções que ele havia gravado anos antes como membro do Jackson 5, incluindo "I Want You Back", uma das centenas no catálogo de Jobete Motown, então de propriedade do lendário Berry Gordy e de sua irmã. Apesar do sério interesse de Jackson, que era "como um filho" para Gordy, o magnata da música vendeu uma participação de 50% no catálogo para a EMI por US $ 132 milhões em 1997.

Mas os sonhos muitas vezes levam uma vida inteira para se realizar, e o Rei do Pop parece ter realizado este postumamente. Na sexta-feira, uma equipe de investidores liderada pela Sony adquiriu o catálogo de publicação inteiro da EMI por US $ 2,2 bilhões. O grupo inclui o bilionário David Geffen, GSO do Grupo Blackstone Capital Partners LP, e ninguém menos que o Espólio de Michael Jackson (sua participação é aninhada dentro dos 38% da participação da Sony, da EMI, de acordo com fontes próximas às negociações).

O movimento faz sentido por razões além de apenas sentimentais. O Espólio de Michael Jackson ainda é co-proprietário do catálogo editorial separado Sony/ATV em uma joint venture com a Sony, empresa que, liderada pelo ex-chefe da EMI Marty Bandier, administrará os ativos recém-adquiridos EMI em nome dos investidores.

Ainda assim, a reunião é pouco mais do que uma gota no balde financeiro. Como a Sony/ATV em breve começará a receber as taxas administrativas como novos proprietários do catálogo da EMI, o seu próprio valor provavelmente chegará aos US $ 2 bilhões também.

Quanto a Jackson, seu Espólio já arrecadou meio bilhão de dólares desde a sua morte dois anos e meio atrás. E apesar do filme de concerto póstumo do Rei do Pop ter se chamado This Is It, ele está apenas começando de uma perspectiva de lucros póstumos. A turnê Immortal World Tour de Jackson em uma parceria com o Cirque du Soleil, está arrecadando 2,4 milhões dólares por noite, e os planos incluem mais de 100 shows por ano para cada um dos próximos três anos.


Fonte: Forbes

ATUALIZAÇÃO

Sony/ATV oferece concessões à União Europeia em negociação da EMI Music

Por Gabriele Steinhauser, em 27 de março de 2012

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BRUXELAS (AP) - Um grupo de investidores liderados pela Sony ofereceu concessões à União Europeia para conseguir a aprovação para o seu negócio para comprar parte da icónica editora de música britânica EMI, o regulador do bloco de concorrência disse terça-feira.

A Sony/ATV, uma joint venture entre a Sony Corp e o Espólio Michael Jackson, e um grupo de outros investidores, disse em novembro que vai comprar o braço editorial da EMI Music por US $ 2,2 bilhões. O braço editorial da EMI gerencia os direitos de canções de artistas populares como Amy Winehouse, Regina Spektor e Rihanna.

A Comissão Européia não deu detalhes sobre as concessões que a Sony e os outros tinham oferecido, mas elas podem incluir a venda de certas unidades ou um compromisso de mudar certas práticas comerciais.

Rivais como a Warner Music e pequenas gravadoras independentes têm alertado que o acordo fará com que a Sony e a Universal Music, que está comprando o resto da EMI, se tornem jogadores excessivamente dominantes na indústria da música.

Na semana passada, a Comissão Européia abriu uma investigação aprofundada sobre o negócio da Universal, advertindo que a aquisição do braço da editora de música da EMI poderia prejudicar os clientes e outros agentes do mercado. Fundamentalmente, a Comissão disse que até mesmo os downloads de música ilegais não parecem ser uma ameaça suficiente para abastecer as empresas combinadas de mercado.

A Comissão disse que agora vai aguardar até 19 de abril para decidir se as concessões oferecidas pela Sony e os outros investidores são suficientes para limpar o negócio ou se pretende também iniciar um teste mais profundo dessa parte do negócio.

Em uma declaração conjunta, a Sony e os outros investidores disseram que permanecem "confiantes de que a transação será aprovada."

A EMI, que se tornou famosa por gravar os Beatles, foi posta à venda pelo Citigroup no último verão, após o banco executar a hipoteca da empresa de capital privado Terra Firma, que comprou a empresa de música em 2007.


Ryan Nakashima em Los Angeles contribuiu para esta história.