Juiz permite fotos da autópsia e trechos das filmagens de "This Is It"

Juiz decide acerca das moções apresentadas pela Promotoria e pela defesa de Murray

Por Linda Deutsch, com colaboração de Anthony McCartney

Em 21 de abril de 2011

Pesquisado por L.O.V.E. Traduzido por Femme, exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução.


LOS ANGELES -AP - Imagens de Michael Jackson na vida e na morte serão mostradas aos jurados no julgamento do médico, o juiz decidiu na quinta-feira, depois que o promotor prometeu moderação ao usar fotos da autópsia, o que poderia perturbar a família do cantor.

O juiz Michael Pastor do Tribunal Superior também disse que vai permitir que promotores apresentem no telão partes do filme-concerto This Is It para os jurados, de forma altamente editada, para mostrar o estado mental e físico da estrela do pop nos dias que antecederam sua morte.

"Eu não acho que isso deveria ser entretenimento", disse o juiz. "Não devemos nos sentir privados da nossa iTunes de 99 centavos, se não ouvir a música inteira."

Pastor disse que serão permitidas apenas duas fotos da autópsia do corpo de Jackson feitas na mesa de exame de um legista.

Em uma imagem, o cantor está envolvido em uma vestimenta do hospital. Na outra, ele está nu, com partes de sua anatomia oculta, disseram os promotores.

"Apesar de serem trágicas, elas não são horríveis ou sangrentas", afimou o promotor David Walgren.

A defesa pediu a proibição de fotos da autópsia, dizendo que as imagens inflamam as paixões do júri.

Walgren, porém, foi inflexível sobre a necessidade de mostrar a condição física de Michael Jackson para amparar a alegação de acusação de que Jackson estava saudável quando morreu de uma overdose do anestésico propofol e outros sedativos alegadamente administrado pelo réu, Dr. Conrad Murray.

"Este é um homicídio e não podemos fingir que não é um homicídio", disse Walgren.

O juiz concordou que as fotos eram necessárias. Ele lembrou o depoimento da audiência preliminar em que testemunhas disseram que Jackson estava extremamente magro e uma testemunha o descreveu como parecendo um paciente do "hospice" [hospital para doentes terminais].

Walgren disse que estava ciente de que a família de Jackson estaria no Tribunal e disse que as imagens serão exibidas com cuidado. Quando ele mostrou as fotos para Pastor, o juiz considerou que não estavam sangrentas ou horríveis, como a defesa sustentou.

Quanto ao vídeo, Pastor disse que apenas partes relevantes da performance de Jackson em Earth Song e The Way You Make Me Feel podem ser mostradas para os jurados.

Earth Song é uma homenagem colorida ao meio ambiente que os promotores dizem que foi a última peça Jackson gravou, um dia antes de morrer.

"O que será admitido é Michael Jackson cantando. O que não será aceito é uma imagem de uma menina bonitinha e orcas e flores e fauna", disse o juiz.

O advogado de defesa, Edward Chernoff, opôs-se a mostrar as filmagens, alegando que foram editadas para apresentar Jackson no seu melhor momento.

Pastor disse que os promotores só podem mostrar imagens dos ensaios de Jackson dos dois dias antes de sua morte em 25 de junho de 2009.

Murray, um cardiologista com sede em Houston, alegou ser inocente de homicídio involuntário. Autoridades acusaram-no de ter dado a Jackson uma dose letal de propofol no quarto de sua mansão.

Os advogados de Murray têm sugerido nos últimos meses que o cantor pode ter dado a si mesmo a dose fatal.

Em outras decisões, Pastor determinou:

O Ministério Público pode levar várias amantes de Murray a testemunhar durante o julgamento, mas alguns detalhes picantes devem ser omitidos. Por exemplo, Pastor disse que não queria ouvir nenhuma referência a clubes de strip, onde Murray encontrou algumas delas.

A Promotoria não pode se referir a questões de Murray sobre pensão alimentícia ou quantos filhos ele tem.

Os advogados de defesa não podem sondar a situação financeira de Jackson, dizendo que isso iriam transformar o julgamento em um "lento festival que inflama o júri e não tem fim." A defesa alegou Jackson estava deprimido com dívidas.

O juiz descartou a utilização de declarações feitas por Murray para seus especialistas em que ele alterou alguns dos detalhes anteriormente dados à polícia sobre o tratamento de Jackson.

O juiz disse que os especialistas não podem agir como "papagaios" para repetir declarações ouvidas do réu perante o júri.