Entrevista com o diretor Jamie King sobre o MJ Immortal Tour em Miami

Entrevista com o diretor Jamie King

Por Gabrielle Canon, em 1º de março de 2012

Traduzido por Femme, exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução.




King começou a dançar para Jackson em 1992, e ele diz que o espetáculo do Cirque entra na "cabeça de Michael" sem parada em seu "tempos sombrios". Em outras palavras, se você deixar o cinismo por trás, você vai adorar esta mistura variada e deslumbrante de bailarinos, figurinos, e teatralismo.


News: Como você chegou a conhecer Michael Jackson?

Jamie King: Eu tive a honra de trabalhar com Michael em 1992 na turnê Dangerous como dançarino há muitos anos. Essa experiência foi inestimável. Sem ela, não acredito que eu poderia ter criado o show que eu fui capaz de criar. Michael foi um dos meus maiores mestres, e ele me ensinou como produzir e conceber e criar os maiores shows ao vivo [só] por estar ali e vê-lo ser um perfeccionista.


News: Como é este espetáculo único?

King: Bem, eu acho que é a fusão entre o mundo de Michael, o mundo do rock, e o Cirque. Imagine os maiores dançarinos e as maiores fantasias e os maiores artistas, mas levado para outro nível - como Michael teria imaginado que se tivesse a oportunidade de trabalhar com o Cirque.

A coisa mais importante para mim era criar o ambiente certo. Isso foi o rancho Neverland. Michael criou Neverland como um local de escape onde ele poderia ser um artista.

Para o público, isso é o que eles vão sentir que é novo e diferente. É como o mundo de Michael com esteróides.


News: Será que vamos ver algum lado polêmico de Michael Jackson no show?

King: Eu fiz uma decisão executiva - uma decisão criativa - para não realmente ir até os tempos sombrios de Michael, porque essa não era a melhor maneira de homenageá-lo. Para mim, esse show precisava ser uma celebração do homem, o seu legado, o que ele realmente deu ao mundo, como ele inspirou e influenciou o mundo.


News: O que você está esperando que o público leve do show?

King: O que eu pensava era em como fazer o maior show para honrar e celebrar Michael Jackson. Eu queria ter certeza que o público conhecia o homem que eu conhecia, o homem que eu vi, o que me deu inspiração. Eu sinto tanto que isso pode ficar encoberto por causa de toda a imprensa sensacionalista que aconteceu no final de sua vida. Mas eu queria que as pessoas se lembrassem do grande homem.

E além disso, espero que as pessoas encontrem reflexos de si mesmas, de alguma forma, porque eu acredito que nós todos estamos conectados.


News: Quais foram alguns dos desafios do show?

King: Bem, não havia Michael. Estou acostumado a ter a estrela lá. Foi assim que tudo começou. Mas isso certamente não é como ela terminou. No final, era mais como: "Não, Michael está aqui. Ele é o nosso contador de histórias, e ele está realmente nos guiando nesta viagem através de Neverland". Ele estava lá em espírito. Sua essência estava lá, e isso se reflete nos figurinos, a música, a dança.


Fonte: Miami New Times