Nova entrevista com Jamie King: Michael Jackson vive novamente no novo Cirque du Soleil

Nova entrevista com Jamie King: Michael Jackson vive novamente no novo Cirque du Soleil

Por Paul Hodgins, em 18 de janeiro de 2012

Traduzido por Femme, exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução.





Jamie King estava alguns minutos atrasado para sua entrevista. Ele estava ensinando a alguém como fazer o moonwalk.

"Não é realmente tão difícil uma vez que se tenha prática", ele disse ao seu aluno.

King sabe uma coisa ou duas sobre o movimento mais famoso de Michael Jackson. O nativo de Wisconsin iniciou sua carreira dançando em 1992 com MJ ​​na turnê "Dangerous", gastando quase dois anos na estrada com o Rei do Pop.

Ao longo do caminho, King chamou a atenção de Prince. Isso levou a uma carreira como coreógrafo ocupado trabalhando com alguns dos maiores nomes no mundo da música: Britney Spears, Celine Dion, Elton John, Tyra Banks, Ricky Martin, Diana Ross, The Spice Girls, Rihanna, The Smashing Pumpkins e Mariah Carey. Nos últimos 12 anos, ele atuou como diretor criativo de Madonna.

King está pagando sua dívida para com seu primeiro empregador de grande nome de uma forma espetacular. Ele é o roteirista e diretor do novo show do Cirque du Soleil, "Michael Jackson: The Immortal World Tour", que conta a história da vida do astro pop falecido e sua carreira na forma típica do Cirque, através da música, dança, acrobacias, palhaços e Gallic com sabor de espetáculo.

"Michael Jackson: The Immortal World Tour" abriu no Hotel Mandalay Bay Casino de Las Vegas no início de dezembro. Agora, uma turnê nacional vai levá-lo para Orange County e Los Angeles. Ele abre na terça-feira no Honda Center para uma apresentação de dois dias.

King montou uma equipe impressionante para o espetáculo multimídia, e muitos deles colaboraram com Jackson durante sua carreira de quatro décadas.

Entre seus doze coreógrafos está Travis Payne, que trabalhou no malfadado show "This Is It" que Jackson estava ensaiando quando morreu. A banda é liderada pelo tecladista Greg Phillinganes, um músico de apoio de longa data de Jackson no estúdio e na estrada. Outros membros da banda tocaram com Jackson, também, incluindo o baterista Jonathan "Sugarfoot" Moffett, que primeiramente fez o teste para Michael e seus irmãos quando eles ainda estavam tocando juntos no final de 1970.

"Foi muito importante para mim levar as pessoas que conheciam Michael e trabalharam com ele", disse King. "Eu queria encher o palco com pessoas que personificaram o espírito de Michael Jackson. Eu sabia que isso iria dar uma sensação mais real para os fãs e familiares."

King também admitiu que foi útil para trabalhar com artistas cuja relação com Jackson antecedeu a sua própria.

"Certamente quando eu montava o show, foi ótimo ter Greg, que tinham estado com ele desde a Victory Tour, e Travis, que tinha estado na sala de criação ao lado de Michael durante anos e anos. Eu realmente levei a experiência deles em consideração e usei isso."

King se lembra de ter ficado impressionado e um pouco acanhado em uma reunião com o co-fundador do Cirque, Guy Laliberté, quando lhe foi perguntado se ele consideraria a criação de "The Immortal World Tour". King sabia que o Cirque tinha a bênção da família de Michael e que MJ tinha adorado o circo canadense - ele até visitou a sua sede de Montreal em 2004. E, claro, milhões de fãs de Michael estariam examinando cada momento do show.

"Fui para casa depois da minha primeira reunião com cara um pouco dormente," King lembrou. "Eu estava muito consciente do peso de fazer algo que Michael respeitaria, de uma maneira que seus fãs gostariam."


Como combinar o Cirque com o Rei do Pop


O segundo desafio, disse King, foi como combinar os mundos de Michael Jackson e do Cirque du Soleil.

"Eu pensei: 'Como faço para misturá-los juntos? Como é que eles combinam?

"Comecei a ver como o mundo poderia realmente mesclado. Michael amava magia e fantasia. O mundo que ele criou para si mesmo, Neverland, era realmente uma espécie de ambiente do Cirque du Soleil. O Cirque é todo sobre grandes performances e a magia de criar, e eles adoram música."

Depois de aceitar o convite de Laliberté, King convocou uma reunião inicial da equipe criativa em um lugar que ele pensou que iria dar início ao fluxo criativo de todo mundo envolvido: o rancho Neverland, no norte de Santa Barbara. Ele o visitou sozinho em primeiro lugar.

"Eu soube imediatamente que este era o ambiente que eu deveria criar para o palco. Uma vez em Neverland, uma vez que você andou por aqueles portões de ouro, você está dentro da cabeça de Michael."

A equipe de criação teve que usar um bocado da imaginação quando chegaram a Neverland, disse King.

"Michael não tinha vivido lá por muitos anos. Não tinha toda a magia dos contos de fadas como antigamente tinha. O terreno tinha sido mudado em volta. Mas você ainda podia sentir o que ele era antes."

O primeiro problema prático a ser resolvido era a estrutura do show. King queria evitar um tratamento autobiográfico simples.

"Eu senti como isso seria a abordagem errada desde o início. Uma autobiografia não fazia sentido para mim. Os shows do Cirque são mais baseados na fantasia".

Em vez disso, King o elaborou para mostrar traços pessoais de Jackson.

"Michael tinha um coração grande, ele era um humanitário. Ele era um grande dançarino - o showman definitivo. Ele adorava filmes de terror e piadas e pregar peças nas pessoas. Eu segui com as coisas que eu me lembrava dele...."

O resultado é um show de variedades de alta energia com a sensação de um show de rock. Um enorme palco é coberto por uma plataforma para a banda. Isso é ligado por uma longa rampa para um estágio de satélite circular, onde muitas acrobacias do show acontecem.

Deslumbrantemente, "The Immortal World Tour" começa com a infância de Michael, embora seja fixado no Neverland. Em rápida sucessão, nós experimentamos um caleidoscópio de imagens selvagens configuradas para os sucessos de MJ. Eles incluem rotinas de dança frenéticas ("Dancing Machine" traz um grupo de soldadores voando criando vários dançarinos robóticos), um quadro do concurso configurado para a música "Ben", que destaca o amor de Michael Jackson pelos animais, uma complexa recriação de "Thriller", uma versão de "Beat It", em que o'chapéu de assinatura de Jackson, a luva e os sapatos ganham vida, e "They Don't Really Care About Us", uma coreografia enorme que foi originalmente projetada para os shows da turnê "This is It".

O mega show culmina com um elaborado medley que mistura música, dança e acrobacia e tritura junto "Can You Feel It," "Don't Stop Till You Get Enough," "Billie Jean" and "Black or White." O número final é aquele que muitas vezes Jackson escolheu para terminar seus shows: "Man in the Mirror"

King disse que ele pensou na filosofia de Jackson muitas vezes, quando da criação de "Michael Jackson: The Immortal World Tour".

"Ele me ensinou tudo que sei sobre como montar um grande show. Seu segredo era dar sempre 100 por cento para os seus fãs. Você está lá por causa deles. Isso é o que eu tentei fazer aqui."


Fonte: The Orange County Register

"Michael tinha um coração grande, ele era um humanitário. Ele era um grande dançarino - o showman definitivo. Ele adorava filmes de terror e piadas e pregar peças nas pessoas. Eu segui com as coisas que eu me lembrava dele....

Adorei a descrição que o King fez do Michael. Ele acertou em cheio.
A julgar tanto por essa entrevista do King, como o espetáculo em si do Cirque, dar pra perceber que ele conhece realmente o Michael. O ponto principal que não podia faltar no "Imortal" é a magia, que sempre esteve na vida pessoal do Michael ; como Nerveland, como nos seus shows tmbm. E pelo que vimos nos vídeos, o Imortal capta a essência do Michael, a dança, nos enchendo de emoção, saudade e magia.