Meu Encontro Íntimo com Michael Jackson

Todas as notícias sobre a morte de Michael Jackson já correram em minha memória lembrando que eu conheci pessoalmente Jackson por volta de 1975. Então aqui está o relato, que eu também postei na minha página do Facebook. A foto que o acompanha é exatamente como ele era, na época. Divirta-se!

Meu Encontro Íntimo com Michael Jackson em 1975

Por Kenneth Lobb, em 06 de julho de 2009

Traduzido por Femme, exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução.

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Meu primeiro companheiro de quarto da faculdade morava em Los Angeles. No verão depois do meu segundo ano fui visitá-lo - uma boa desculpa para bater a costa oeste.

O seu trabalho de verão era na Disneylândia. Sim, no playground original de Walt Disney em Anaheim. Eu gostava de brincar com ele sobre seu trabalho glamouroso. Ele trabalhava no turno da noite como cozinheiro em um restaurante Fantasyland.

Nesse dia especial, 20 de junho de 1975, eu fui com ele, entrando no parque de graça com um dos seus passes para convidados (naturalmente). O plano era que eu vagasse em torno das atrações, indo em passeios, etc

Basicamente, eu estava "esperando que ele sair do trabalho." Vendo como a Disney oferece estimulação sem parar, isto não era problema.

Em particular, lembro-me de desfrutar da atração musical da noite - The Four Tops. Eles cantaram o repertório do soul clássico com harmonias exuberantes e danças ajustadas.

No meio de "Standing in the Shadows of Love", no entanto, eles foram ofuscados. A agitação levantou-se da parte da frente da multidão. A notícia se espalhou: "É o Jackson Five ... Veja! Não é Michael?!"

Além de todos de pé e gritando, eu não vi nada. O grupo nunca entrou no palco. Verdade seja dita, nem eu me importei muito.

Como um homem exausto, a barba por fazer na cara de 21 anos de idade, eu considerava o Jackson Five ultrapassado. Sua carreira estava em um período de calmaria. Tinha se passado um ano desde que eles lançaram "Dancing Machine". Os boatos cresciam de que Michael tinha perdido seu falsete doce agora que ele estava preso em seus difíceis anos da adolescência. O grupo recentemente deixara a Motown e assinara com a CBS. Eles ainda tiveram que usar um novo nome, "The Jacksons", por causa de uma disputa contratual.

The Jacksons permaneceu por várias músicas, em seguida eles saíram. Isso causou mais barulho e gritaria, mas como eu disse no meu diário, naquela noite, serviu apenas como uma distração a ser descartada. Depois do show, eu continuei em mais passeios.

Às 12h45 (o parque não fechava até às 1h30 da manhã na época) eu estava em pé na fila do passeio Matterhorn Bobsled. Eu tinha guardado a maior emoção para o final. As curvas da montanha-russa não levariam tanto tempo, e era quase hora de recuperar meu amigo.

De repente, a mesma agitação ricocheteou no meio da multidão - garotas gritando levando a um frenesi crescente. "Então, de onde teria ressurgido os Jacksons agora?" Eu pensei, e me virei.

Situado EXATATAMENTE atrás de mim estava Michael Jackson. Atrás dele estava seu irmão mais novo, Randy. Atrás de ambos os meninos estava o seu pai, Joe.

Eles iam no passeio Bobsled Matterhorn. O mesmo que eu. E eles estavam atrás de mim.

De repente, eu esqueci tudo sobre ser um exausto cara de 21 anos. Eu me esqueci de ser crítico e negativo. Este foi um encontro da primeira espécie com o real, o verdadeiro Michael Jackson. Na verdade, até o final da noite ele me converteu em um fã.

Rapidamente - O que eu poderia dizer a ele? Quanto é que eu sei?

Infelizmente, não muito. Ele cresceu em Gary, Indiana. Um dos nove irmãos e irmãs. Meus rocks favoritos eram "Mama Pearl" e "Sugar Daddy". Minha balada preferida era "Never Can Say Goodbye". E não posso esquecer que Michael já teve dois sucessos solo: "Ben" e "Got to Be There".

Mesmo assim, eu não conseguia pensar em uma única coisa a dizer. O que você diria para uma estrela internacional que é quatro anos mais jovem do que você mesmo? Que tipo de bate-papo teria feito seu vizinho?

Como eu poderia ser legal sem ser um tolo?

As garotas mais próximas pressionavam, suspirando e ofegando. Michael tinha ficado muito mais alto desde seus tempos de Motown. Ele era magro como uma vagem, ostentava um afro grande, usava roupas de seda, e tinha dentes ultra-brancos.

Lembro-me de ter ficado impressionado com seu comportamento. Apesar dos holofotes estarem diretamente sobre ele, ele saltava ao redor com bom humor, suportando todas as fotos, mãos trêmulas e autógrafos com um sorriso. Ele nunca perdeu o senso de humor, nem a sua harmonia com o público. Ele acomodou tudo - até lançar o braço em torno de uma menina em uma cadeira de rodas.

Eu escrevi no meu diário mais tarde, talvez cinicamente: "Eu acho que ele gosta de ser uma estrela de 16 anos de idade."

O irmão de Michael, Randy, três anos mais jovem, era o mais novo membro da "The Jacksons", tendo substituído Jermaine, que decidiu permanecer na Motown. Randy pacientemente se permitiu desempenhar um papel de assistente para seu irmão. Eu quebrei a barreira da conversa com ele.

"Vocês vieram aqui hoje à noite por causa dos Four Tops?" Eu perguntei, falando alto, a fim de capturar seu ouvido.

"Sim, eles são nossos amigos", disse ele. Ele me pediu para jogar fora seu saco de pipoca vazio na lata de lixo perto de mim.

Também fiz questão de falar com o velho, Joe. "Você ouviu os Tops tocarem 'Bernadette'? Mesmo vocais de qualidade de sempre," eu disse.

"Nunca fica velho", disse ele. "Nunca fica velho."

Quanto ao passeio Matterhorn, ele foi projetado para duas pessoas por "trenó". Eu não podia acreditar quando o operador apontou para mim e disse: "Só um? Venha aqui na frente. Michael, entre por trás dele."

Michael e eu assentimos, e entramos exatamente no mesmo carro.

Os espaços eram apertados no trenó falso que foi soldado a uma faixa. Os lados de metal chegavam até nossos pescoços quando nos sentamos, por segurança, tínhamos cintos de segurança. Michael poderia ter me abraçado. Suas pernas montaram sobre meu torso. Eu podia ver os seus sapatos quando olhava para baixo.

Atrás de nós, no carro seguinte, Randy e o Sr. Jackson subiram a bordo. As meninas ainda estavam gritando.

Não me pergunte o que eu lembro sobre o passeio em si. As voltas e reviravoltas foram assustadoras? Seria completamente escuro dentro da montanha? Eu não poderia te dizer. Minha mente estava apenas pensando: "Eu não posso acreditar - eu estou em um passeio - na Disneylândia - com Michael Jackson."

A área de desembarque estava relativamente livre de fãs quando Michael e eu saímos. Este foi o meu momento 'agora ou nunca'. Eu precisava dizer alguma coisa, para autenticar o nosso encontro - especialmente quando eu não tinha câmera, nem caneta, nem papel.

Na minha mente, Michael e eu já estávamos amigos, mas não havíamos trocado nenhuma palavra.

Eu disse, "Olá Michael, como vai a vida? Eu o conheço muito bem, demais. Você é um grande cantor e eu respeito o seu talento. Continue a avançar, cara. Estou curioso ver o que você fará em seguida." Estendi a minha mão. "Meu nome é Ken."

Trocamos um aperto de mãos. Ele disse timidamente, "Ken. Okay. Oi".

Eu disse: "Eu queria dizer 'Olá' lá, mas não queria ser atropelado pela Michaelmania".

Ele riu. "Oh, eles são boas pessoas. Eu não me importo. Fãs são fãs. Eu amo cada um deles."

A essa altura, seu pai e o irmão concluíram o seu passeio e se juntaram a nós. Nós quatro acenamos adeus. The Jacksons saiu para a noite. Eles eram mais anônimos, agora que estavam em movimento em vez de parados.

Senti alegria, inveja, admiração... tudo, exceto a devida apreciação pela experiência. Eu escrevi no meu diário: "Para um cara, seu aperto de mão foi muito delicado. Dedos longos, muito rachados ... ele é todo osso e nenhum músculo."

Eu acho que eu imaginei que os melhores dias de Michael Jackson ficaram para trás, que sua estrela logo começaria a cair de volta à Terra.

Mal sabia o que meu reconhecimento revelaria!

Meu antigo colega de quarto saía do trabalho e ouviu com desprendimento confuso a minha notícia animada.

"Então, você se encontrou com Michael Jackson? Pessoas famosas andam por aqui o tempo todo", disse ele. "Sabe quem comeu no nosso restaurante na semana passada? Tim Tiny. Vamos lá, vamos ter alguns tacos."

Então, eu acho que 1975 não foi um evento divisor de águas. Mas ver como ele cresceu em estatura ao longo dos anos faz com que me sinta feliz de ainda puder dizer isso agora.

Obrigado, Michael Jackson, por viver a vida fora do muro.


Fonte: Blog Hey Kilter