Rolf Knie Narra Seu Encontro Com Michael Jackson na Visita à Casa de Charlie Chaplin

Rolf Knie Narra Seu Eencontro Com Michael Jackson na Visita à Casa de Charlie Chaplin

Rolf Knie é ator e pintor suíço. Vindo de uma família proprietária do Circo Knie, Rolf apresentou-se pela primeira vez como palhaço aos 5 anos de idade. Ele faz teatro, filmes e suas pinturas geralmente retratam o mundo do circo. Após 8 gerações da Familia Knie, o Circo Knie continua sendo um dos maiores circos da Europa. Em 2003 ele criou e administra com o filho Gregory o Circo “Salto Natale”, semelhante ao Cirque Du Soleil.

Em julho de 2009

Traduzido por MJElaine.

Michael Jackson chegou incógnito à visita à família Chaplin, em Corsier (VD). Rolf Knie serviu de guia. O homem de circo fala sobre o encontro inesquecível com um cantor educado e tímido, um prisioneiro do seu sucesso.
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Era 17 de junho de 1988 e Rolf Knie não esquece de nada.

Mais de vinte anos depois, os sentimentos ainda estão profundos. A descoberta de um simples e cativante Michael Jackson. A indignação com o que foi dito sobre ele então ...

Naquele dia, o palhaço e agora produtor do circo “Salto Natale”, serviu de guia ao Bambi na famosa mansão Ban habitada pela família Chaplin, em Corsier-sur-Vevey. "Eu me lembro da polidez extrema de Michael, sua calma, sua timidez. Lembro-me do jeito que ele esperava que Oona Chaplin se sentasse para fazer o mesmo, assim como ele não se atrevia a pedir uma Pepsi. São esses detalhes que denotam alguém. Foi tudo simplesmente normal. Por isso eu não posso deixar de ir em sua defesa quando atacado. Os jornalistas têm inventado horrores sobre ele. Durante quinze anos, eles não param de matá-lo."

A origem desse encontro foi Geraldine Chaplin, a filha mais velha de Oona e Charlie Chaplin. Em um concerto de Michael em que ela esteve, o cantor lhe disse que admirava seu pai. Geraldine chamou Rolf Knie, um velho amigo da família e habituado com a mansão. "Michael viria a Corsier. Você pode organizar algo? "

Em uma passagem de Michael em Basileia, Rolf Knie começa: ele telefonou para seu hotel e conheceu o seu agente, Frank DiLeo. "Alguns amigos me disseram que era loucura e impossível...  Meia hora depois, no entanto, é o próprio Michael que aparece. Ele estava muito feliz. Nós concordamos com a nomeação da sexta-feira às 15 horas."

Naquele dia, as famílias Chaplin e Knie esperavam a estrela. O tempo passa e nada acontece. "Por volta das 15 h 30, o porteiro veio correndo e disse: Alguém acabou de ligar, eu não entendi o nome dele. Era Michael. Eu peguei o telefone. Ele estava muito constrangido e pediu desculpas mil vezes. Ele estava perdido e estava ligando de uma estação de serviço em Vevey ... O porteiro foi até lá." O cantor chegou sem guarda-costas, apenas acompanhado pelo seu assistente, um senhor de certa idade. "As lembranças são maravihosas”. “Depois ele brincou inocentemente no parque com meu filho Gregory. Eu acho que com as crianças, que o viam como ele era, ele podia finalmente sentir-se normal. E ele manteve-se assim."

Outro aspecto da estrela que impressionou: "Ele conhecia perfeitamente a vida de Chaplin, um verdadeiro dicionário. As datas de filmes, nomes de atores, tudo. A idéia de uma pessoa inculta era totalmente falsa.” Os paralelos entre Jackson e Chaplin lhe pareciam naturais: “Mesma infância pobre, até mesmo ações judiciais contra eles. Eles emitiam as mesmas ondas e tiveram problemas semelhantes com o mundo, embora eles tivessem o bem em comum. Ambos não davam entrevistas. Eles respondiam com seus filmes ou sua música. Se eles tivessem se conhecido, teriam passado dias inteiros juntos."


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Dois meses depois, Michael Jackson convidou Oona Chaplin e Rolf Knie para o seu show em Lausanne. "Antes do show nós o visitamos em seu camarim. Havia longas mesas cobertas com caviar e salmão. Michael encolheu os ombros: "oh, não é para mim, mas minha equipe tem fome ... "
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No final, Rolf e Oona assistiram à partida precipitada da estrela: "A música ainda estava tocando quando ele foi rapidamente cercado por um carro por trás da palco. Nós o seguimos e ficamos com medo: milhares de fãs os atacaram. Eu percebi o que Michael vivia diariamente. Ele era um prisioneiro de seu sucesso."  O palhaço guarda uma amargura. "Hoje eu estou com raiva daqueles que não tiveram misericórdia dele. E feliz porque ele encontrou a paz."


Fontes: MJackson.fr; L'illustré-julho/2009; Circopedia.org; de.Wikpedia.org