"No Último Natal de Michael Jackson": por Carrie Fisher

Trecho do livro "Shockaholic", de Carrie Fischer (a "Princesa Léia", de Star Wars) em que ela descreve o Natal que passou com Michael Jackson e seus filhos, no que viria a ser o seu último Natal.


"No Último Natal de Michael Jackson"

Por Carrie Fisher,

Traduzido por Femme, exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]


Michael virou celebridade entre muitas pessoas ansiosas, astrônomos gananciosos que simplesmente queriam alguma coisa dele além do que um ser humano normal está disposto ou deveria dar. Eles estavam lá pelo episódio. É o que eu chamo de "brilho." As pessoas querem se esfregar nele, e, assim fazendo, ter seu próprio valor aumentado. Mas eu gostaria de propor uma razão pela qual Michael poderia ter preferido a companhia das crianças do que eu ouvi contado por adultos.

Crianças de uma certa idade, sendo muito jovens para entender o fenômeno peculiar da fama, são potencialmente mais fáceis de confiar e sair do que com que um certo tipo de adulto, que, como eu disse anteriormente, na maioria das vezes têm uma tendência para começar a agir completamente desordenado em torno de alguém escandalosamente famoso como Michael. E as crianças têm muito menos chances de agir dessa forma porque eles não sabem exatamente o que é a fama, ainda. Para eles, famosos são os personagens de desenhos animados, ou os Muppets, ou o Barney. É um conceito muito abstrato para as crianças.

* * *

Na véspera do Natal de 2008 - o último de Michael - fui até sua casa, que está localizada a apenas alguns blocos de mim, descendo o morro. Ele estava dando aos seus filhos a infância que ele nunca teve. A infância fora da celebridade com pessoas que não os tratavam como objetos. Porque normalmente, para Michael, a vida era como ser um animal no zoológico. Uma espécie em extinção para sempre atrás das grades. Eu poderia ficar na gaiola com Michael e não ficar assustada, e não havia muitas pessoas que já teriam conhecido a forma, ou sabido como isso era mesmo algo que eles poderiam realmente ser obrigados a fazer quando estavam com ele. Mas eu o fiz.

Então, me juntei a Michael após horas no seu zoológico. Tiramos fotos e comemos biscoitos e decoramos a árvore.

E então, mudando isso, Michael me pediu para fazer o discurso de Star Wars para seus filhos. Não me importei. Alguém realmente tinha que me lembrar que grande fã de Star Wars era Michael.

Enquanto eu estava lá, no entanto, não estávamos realmente enfrentando a situação em sua maior parte, nós estávamos tirando fotos dela. Arnie tirou fotos de mim e de Michael e das crianças, e eu tirei fotos de Arnie e seus amigos e o pacote família de Michael. Meu favorito foi tirar uma foto de Michael lendo meu livro "Wishful Drinking".

Eu vou sempre amar aquela estranha configuração de Natal que era a nossa. Relembrando agora, era como se Michael não soubesse como apenas ser em uma situação sem gravá-la em uma câmera. A questão é, ele estava tão acostumado a ser documentado.

Mas a razão principal da documentação que surgiu desta vez era principalmente para os amigos de Arnie, que queriam tirar fotos de seu encontro com Michael para que eles pudessem carregar seu brilho ao redor deles. O encontro os engrandecia. Tornou-se, "Oh, eu fiz a ceia de Natal com Michael Jackson. O que você fez?" De qualquer forma, todos nós estávamos no estilo férias e nos divertindo, e foi divertido. Tiramos fotos, agimos infantilmente (pelo menos eu acho que isso é o que era).

Em algum momento, Michael disse: "Ok, eu vou deixar vocês tirarem fotos dos meus filhos porque eu sei que vocês não vão mostrá-las a ninguém, porque vocês sabem que eu não quero que ninguém veja meus filhos."

Ele queria que seus filhos não fossem registradas quando possível. Se os africanos acreditam que você perde um pedaço de sua alma cada vez que você tem sua foto tirada, então, Michael não tinha um tempo muito longo. Mas ele estava tentando organizar as coisas de modo que seus filhos pudessem manter o tempo deles.

E seus filhos são muito doces, bons filhos. E isso porque, qualquer outra coisa que ele era ou não, eu acho que Michael era um pai muito bom. Quer dizer, seus filhos são gentis, muito educados, bem-humorados, e essencialmente crianças intocadas. E isso não pode vir de uma babá. Você não pode fingir essas coisas. Isso tem que vir do pai. E esse pai era Michael.


Outras fotos deste dia:


[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]


Fonte: The Huffington Post

Adorei cada trecho esse relato. Amei o começo como praticamente explica o porque Michael se sentia bem perto das crianças. Hoje nós sabemos que se Michael tivesse tido apenas as crianças como seus amigos, tudo teria sido tão diferente.
Mas fica o aperto no coração.

E seus filhos são muito doces, bons filhos. E isso porque, qualquer outra coisa que ele era ou não, eu acho que Michael era um pai muito bom. Quer dizer, seus filhos são gentis, muito educados, bem-humorados, e
essencialmente crianças intocadas. E isso não pode vir de uma babá. Você não pode fingir essas coisas. Isso tem que vir do pai. E esse pai era Michael.

O mundo hoje está tendo provas disso. Michael criou muito bem seus filhos. Deus para eles o que ele mesmo não teve; uma "infância normal", feliz e com muito amor amor paterno!

Obg. Femme.