Ressuscitando Michael através do Cirque Du Soleil

Ressuscitando Michael através do Cirque Du Soleil

Por Bruce Pilato, em 21 de julho de 2011

Traduzido por Femme, exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução.



Faz exatamente dois anos do dia em que Michael Jackson morreu de uma overdose de propofol, em Los Angeles, e Jamie King está sentado em seu apartamento em Montreal fazendo uma pausa dos desafiadores ensaios para o show do Cirque du Soleil de Michael Jackson - The Immortal World Tour.

"Eu me lembro do momento exato em que ouvi a notícia, quando Michael tinha morrido", diz King, suavemente. "Eu estava em Londres com Madonna e nós estávamos na Arena O2 fazendo sua "Sticky & Sweet Tour". É aí que Michael estava para chegar e lançar a sua turnê "This Is It!". Essa foi a última lembrança que tenho dele . Michael morreu, estávamos lá, e ele deveria estar chegando lá, mas ... "

Foi o único momento triste, em uma conversa de outra forma otimista em torno da multi-mídia do elaborado espetáculo ao vivo que King tem escrito, desenhado e dirigido, em associação com a empresa teatral canandense e o Espólio de Michael Jackson. "Então", acrescenta ele, "agora ser solicitado para imortalizar Michael, desta forma, foi simplesmente irresistível."

Os organizadores esperam que as viagens do show de estrada sejam iniciadas em Montreal em 02 de outubro para alcançar 80 mercados até setembro de 2012, se apresentando para um público conjunto de 1,5 milhão estendido ao longo de 180 apresentações, com um faturamento projetado para exceder $ 1 bilhão.

As multi faixas com vocal de Jackson vão ser executadas acompanhadas por uma banda ao vivo, que inclui vários músicos importantes que já haviam excursionado com a estrela pop, como o tecladista e diretor musical Greg Phillinganes e o baterista Jonathan "Sugarfoot" Moffett.

Clientes que esperam um show semelhante à maioria dos shows do Cirque du Soleil provavelmente vão se surpreender.

"É diferente", diz Stephane Mongeau, produtor executivo do Cirque. "É um show ao vivo com músicos, dançarinos e acrobatas."

"Nós queríamos prestar uma homenagem a Michael, sua música e sua dança, de modo que o show foi ancorado em sua casa de Neverland."

Foi em uma viagem à antiga casa de Jackson, nove meses depois de sua morte, que o advogado John Branca e o fundador da Interscope Records John McClain, co-executores do espólio do cantor, lançaram os planos para produzir um show com o fundador e CEO do Cirque, Guy Laliberte e Mongeau.

"Estávamos em contato com Jamie durante cinco ou seis anos apenas vendo o que poderia ser possível para nós criarmos com ele", diz Mongeau. "Nós já estavámos focados nele e já tínhamos começado a conversa com Jamie sobre fazer shows futuros envolvendo ele e o Cirque. O Espólio estava bem ciente de Jamie, também. Então, quando surgiu essa oportunidade para fazer isso, seu nome foi o primeiro em que todos nós pensamos."

The Immortal World Tour é o terceiro empreendimento do Cirque unindo ícones pop com suas acrobacias de outro mundo. The Beatles Love e Viva Elvis permanecem vendendo ingressos estacionados em teatros em Las Vegas, mas esta é a primeira tentativa de ter uma música pop conduzindo um show em turnê.

"Michael estará sempre presente durante o show através de vídeos e novas tecnologias, especialmente a tecnologia holográfica", diz King. "O mais importante, porque é um show impulsionado pela música, estamos trabalhando com o catálogo de Michael. Michael é realmente o narrador, sua voz estará sempre lá."

O cenário será carregado em 30 carretas e foi projetado por Mark Fisher, cujos clientes incluem Pink Floyd e David Bowie.

Como em apresentações ao vivo de Jackson, a energia virá da dança. "A coreografia icónica de Michael Jackson é sempre referenciada", diz King, que trabalhou com Jackson por quase dois anos como bailarino e coreógrafo. "O que é grande sobre a magia do Cirque, como vocês sabem, é que a dança pode agora ser imaginada de forma mais mágica, que nem mesmo Michael teria visualizado. Podemos pegar o moonwalk e agora imagine isso, de cabeça para baixo, no teto da arena!"

Com um desenvolvimento orçamentário de US $ 50 milhões, a produção agencia 65 músicas de Jackson, incluindo os mecanismos padrão, remixes e mash-ups, a coreografia de Michael Jackson, e acrobacias típicas do Cirque.

"Vai ser diferente de qualquer outro show de rock que você possa ter visto antes", orgulha-se King, que iniciou o projeto em março de 2010. "É um híbrido no qual estamos levando a idéia de um show de rock e um show do Cirque e levando isso para a estrada."


Fonte: Variety