Fim de processo milionário contra Michael Jackson

Apesar de já estar morto, Michael Jackson continua a ser alvo de processos judiciais. No entanto, a partir desta sexta-feira, os detentores do seu patrimônio têm menos uma preocupação, depois de um juiz federal ter decidido rejeitar um processo instaurado pela promotora AllGood Entertainment, que reclamava uma indenização de 300 milhões de dólares (cerca de 236 milhões de euros) por o ‘Rei do Pop’ não ter realizado um show junto com seus irmãos.

O juiz Harold Baer Jr. deu razão aos advogados da família Jackson de que não existem provas de que Michael estabelecera um acordo vinculativo para atuar juntamente com os seus irmãos.

A promotora iniciou o processo contra o cantor duas semanas antes da sua morte. A AllGood Entertainment afirmava que o ‘Rei do Pop’, juntamente com o seu manager, Frank DiLeo, quebrara o contrato para o show que deveria ser realizado antes da série de atuações agendadas para o O2 Arena, em Londres.

O juiz ditou que as provas existentes apontavam apenas para uma possível atuação mas não havia nenhum documento legal que tornasse o concerto oficial, uma vez que nem Michael Jackson nem nenhum dos seus irmãos assinara o contrato.

Os advogados do espólio do cantor e DiLeo argumentaram que, se tivesse existido uma violação do contrato por parte dos Jackson, também a AllGood não cumprira a sua parte, pois não estabelecera uma data limite para efetuar o pagamento dos honorários.

No final, o juiz federal afirmou que a AllGood não deveria receber qualquer indenização por não ter conseguido provar que sofrera perdas econômicas com o cancelamento.

"Este caso nunca teve qualquer mérito e a acção era frívola desde o primeiro dia", afirmou Howard Weitzman, advogado do espólio de Michael Jackson, após tomar conhecimento da decisão judicial. "Michael nunca concordou em participar de um show promovido pela AllGood, tal como o juiz claramente salientou na sua decisão", acrescentou o advogado.