Dentro do Show de Michael Jackson e Cirque du Soleil

Dentro do Show de Michael Jackson e Cirque du Soleil: Entrevista com o Diretor Jamie King

Por Shirley Halperin, em 03 de novembro de 2010

Traduzido por Femme, exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução.


Novo vídeo divulgado pelo Cirque du Soleil com ensaios para a turnê



Mesmo com o incrível sucesso de Dancing With the Stars, poucos - ou nenhum - dançarino-coreógrafo tem acompanhado as realizações de Jamie King, um ex "cara do fundo" que agora está na linha de frente. Na quarta-feira, foi anunciado que King vai escrever e dirigir "Michael Jackson - The Immortal World Tour", uma produção do Cirque du Soleil que incorpora música e imagens do astro falecido e e "desvenda os segredos do mundo interior de Michael", e de acordo com um comunicado à imprensa, "o seu amor pela música e dança, contos de fadas e magia, e a beleza frágil da natureza".

Mais de 60 artistas internacionais farão parte do espetáculo acrobático, que viajará para 30 cidades do Canadá e dos EUA, a partir 02 de outubro de 2011. O orçamento da produção é estimada em cerca de US $ 57 milhões, três vezes o custo da produção típica de uma turnê do Cirque. Os preços dos ingressos variam de 50 dólares até 250 dólares, e foram colocados à venda este sábado.

THR conversou com King, que conheceu e fez amizade com Michael Jackson quando ele fez um teste para ser bailarino na turnê de 1992, Dangerous (não surpreendentemente, ele começou o show), sobre seu mais recente projeto e as muitas turnês fantásticas que ele dirigiu ao longo dos anos, incluindo Sticky & Sweet e Confessions, de Madonna, e outras de Britney Spears, Celine Dion, Avril Lavigne e Rihanna.


THR:
Quando você foi contratado como bailarino - e duplê de corpo de Michael Jackson - na turnê Dangerous, este foi um de seus primeiros trabalhos?

Jamie King:
Foi um dos meus primeiros trabalhos e o maior trabalho que tive. Foi um presente.

THR:
Você passou dois anos na estrada com Michael, isso ajudou você a entrar neste projeto? Vocês mantiveram contato?

Jamie King:
Não, ele seguiu seu caminho e eu o meu. Eu fui convidado pelo espólio, que estava tendo conversas com o Cirque sobre diretores, tentando encontrar um bom casamento e meu nome foi lançado. Claro, eu agarrei a oportunidade. Eu sou um grande fã. No meu trabalho, dirigindo grandes turnês de rock e pop, eu tenho sido muito influenciado pelos shows do Cirque e pela magia que eles criam.

THR:
Como você fez a transição de dançarino para diretor?

Jamie King:
Foi um progresso natural. Mesmo quando eu estava no palco com Michael em 1992, lembro-me de olhar para o conjunto atrás de mim e a minha volta e eu fiquei encantado. Eu estava ao lado dele no palco sentindo aquela energia e assistindo ele dar 150% de si mesmo para seus fãs e seu público, e eu definitivamente estava interessado no que estava acontecendo ao nosso redor e como isso foi criado. Além de reforçar a imagem visual para acentuar o que estava fazendo, eu sempre fui interessado em criar isso junto com o espetáculo do artista.

THR:
O Espólio expressou quaisquer preocupações ou solicitações sobre como eles desejavam que seu legado fosse apresentado?

Jamie King:
É uma colaboração entre o Espólio, a família, eu e o Cirque, e com todas estas grandes energias criativas, eu nunca tive uma porta fechada na minha cara. Na verdade, eles foram muito abertos em me dar acesso a tudo no mundo de Michael. Eu encontrei com o seu irmão Jackie, seu antigo empresário, eu fiz um monte de minha própria pesquisa em termos do que fez o homem, o que é o homem, o que ele representa, do que ele trata? E, claro, eu reescutei todos os álbuns de novo e isso foi realmente a plataforma de lançamento. A partir daí, eu criei o show que eu pensei que os fãs querem ver. Esta jornada é mais sobre descobrir e desvendar os segredos de Michael Jackson. Seu amor pelos contos de fadas, filmes mágicos, música, dança, animais, suas idéias e crenças sobre o estado do mundo e como ele às vezes pensava que nós como seres humanos tinhamos a capacidade de contaminar e estragar as coisas que são puras e belas. Além disso, sua grande crença em unir o mundo e aproximar as pessoas, e que a vida era realmente uma grande pista de dança e espaço para performances onde todos nós devemos comemorar um ao outro e à nossa diversidade.

THR:
Os fãs vão ter todos os hits?

Jamie King:
Eu não consigo imaginar fazer um show de Michael Jackson sem apresentar os sucessos - os momentos icônicos que realmente definem Michael. Ele emocionou o mundo e todos nós podemos lembrar de um momento no tempo em que fomos influenciados por uma música ou um moonwalk ou uma luva de lantejoulas, por isso é importante que os hits estejam lá não só musicalmente, mas com imagens como 'Thriller' e 'Smooth Criminal'.

THR:
Qual é o cronograma para você?

Jamie King:
Eu estive na pré-produção por cerca de cinco meses e a próxima fase é sobre o elenco e manter meu elenco de mais de 60 trabalhando juntos. Então no ano que vem começa o processo de ensaios e os shows abrem em 02 de outubro de 2011, assim, vou ficar com a abertura.

THR:
Como funciona o processo de colaboração com tantos influenciadores - você, a família, o Cirque, etc?

Jamie King:
Nós somos um esforço coletivo e uma equipe de trabalho e queremos ter a certeza que estamos todos partindo da mesma visão. Não há nada que possamos fazer sem a bênção de todos. Eu não quero falar por ninguém, mas desde o início o nosso processo de pensamento coletivo tem sido o de contar ao mundo, mostrar a eles e lembrá-los do Michael que todos conheciam e amavam. Ele é um homem que afetou a todos nós no mundo. Quer você seja um bom ou mau dançarino, todos nós já experimentamos o 'moonwalk' ou a dança de 'Beat It' ou 'Thriller'. Sua vida tem realmente tocado a todos nós, e essa é a coisa que queremos transmitir com este show: que Michael vive em todos nós, e queremos celebrar isso.

THR:
O que você achou de "This is It"?

Jamie King:
Eu pensei que foi um olhar muito inspirado em Michael. É triste que, com toda a imprensa e o mundo em que vivemos, às vezes você pode se perder, por isso foi bom simplesmente se voltar para a música e a arte e realmente mostrar ao mundo o que o homem estava fazendo. Michael estava interessado com performance, a arte no palco e o realismo do som.