Audiência preliminar do médico de Jackson entra na segunda semana (Atualização pág 1 e 2)

Os promotores devem se concentrar na ciência do caso, especialmente o propofol

Anthony McCartney, em 10 de janeiro de 2011

Traduzido por Femme, exclusivamente para o MJ Dreamer. Proibida a reprodução


Os promotores estão prontos para concentrar o caso na ciência do que matou Michael Jackson, na segunda semana da audiência preliminar do médico acusado da morte do Rei do Pop.

Dr. Conrad Murray, que enfrenta acusações de homicídio involuntário, é acusado de dar a Jackson uma dose letal do anestésico propofol e outros sedativos. Ele se declarou inocente, e seus advogados dizem que ele não lhe deu nada que pudesse tê-lo matado.

Após a audiência, o juiz vai decidir se há evidências suficientes para que o cardiologista, com sede em Houston, seja julgado. Ela está programada para recomeçar manhã.

A audiência, que começou na semana passada, incluiu uma quantidade significativa de provas da acusação, durante quatro dias de testemunho contra Murray. Entre as testemunhas estava um guarda-costas que disse que ele foi instruído a colocar os frascos de medicamento em sacos antes de chamar o 911.

Os paramédicos e um médico da emergência com 50 anos de experiência também disseram acreditar que o cantor morreu muito antes dele ter sido levado, seguido pelos paparazzis, em uma ambulância para um hospital próximo, onde os esforços realizados não conseguiram reanimar o astro pop.

Usando gravações telefônicas e depoimentos de policiais e ex-namoradas de Murray, os promotores têm desenvolvido um cronograma que mostra que Murray estava ao telefone durante toda a manhã da morte de Jackson, em 25 de junho de 2009, inclusive após a administração de propofol ao cantor.

Eles esperam convencer o Juiz de vários pontos-chaves: que Murray estava distraído quando ele deveria estar acompanhando Jackson, que ele atrasou a ligação para o 911, que ele realizou de forma incorreta o CPR e que o cantor estava morto antes que a ajuda fosse chamada.

O restante da audiência teve uma abordagem decididamente clínica, com médicos-legistas, peritos em propofol e policiais que interrogaram Murray prestando depoimento.

O Juiz Michael Pastor, da Corte Superior de Los Angeles, disse na sexta-feira que os promotores lhe disseram que estavam adiantados em seu cronograma, embora ele não tenha indicado quando a audiência poderá acabar. Dezesseis testemunhas foram chamadas, e os promotores parecem estar pelo menos na metade da apresentação de seu caso.

O promotor-adjunto David Walgren inicialmente disse que a audiência levaria de sete a oito dias e requisitou cerca de 30 testemunhas.

Os advogados de defesa raramente apresentam testemunhas ou suas próprias teorias durante as audiências preliminares. No caso de Murray, eles não fizeram uma declaração de abertura e apenas insinuaram potenciais argumentos quando questionaram as testemunhas.

Essas questões têm-se centrado nas lembranças das testemunhas do momento de suas ações.

Os advogados de defesa perguntaram a um investigador legista sobre a proximidade de Jackson dos medicamentos em seu quarto, incluindo um frasco vazio de propofol encontrado debaixo de uma mesa de cabeceira. Um promotor contestou a pergunta, e o juiz impediu a resposta.

Juiz determinou que os dados do iPhone de Murray podem ser admitidos como prova

LOS ANGELES - Os dados recentemente obtidos a partir do telefone celular do médico acusado de morte de Michael Jackson podem ser admitidos como prova em uma audiência preliminar, determinou o juiz nessa segunda-feira.

Segundo o advogado de Murray, Ed Chernoff, o telefone contém poucos voicemails e 12 telas que podem ser utilizadas como prova durante a audiência.

O juiz Michael Pastor do Tribunal Superior proferiu a decisão antes de retormar o testemunho na audiência do Dr. Conrad Murray.

O procurador disse que pretende usar algumas das informações, que foi divulgada aos advogados na semana passada, quando ele chamou a primeira testemunha do dia.

Pastor disse que algumas das informações que serão usadas estão protegidas pelo sigilo entre advogado e cliente, mas a maioria não.

Os promotores usaram registros do telefone de Murray para ajudar a criar um cronograma detalhado das ações do médico no dia em que Jackson morreu.

Fonte: http://www.forbes.com/feeds/ap/2011/01/10/entertainment-us-michael-jackson-doctor_8248516.html


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Dr. Murray encomenda uma grande quantidade de Propofol

O proprietário de uma farmácia da especialidade de Las Vegas testemunhou segunda-feira que enviou uma grande quantidade de propofol para o Dr. Conrad Murray nos três meses antes de Michael Jackson morrer de uma overdose do anestésico cirúrgico.

O farmacêutico Tim Lopes, disse que Murray não mencionou que a estrela do pop era seu paciente em nenhum momento, uma vez levou a acreditar que os 255 frascos de propofol pedido estavam sendo usados para pacientes em uma clínica de Los Angeles.

Na realidade, as quatros caixas e cada uma das caixas com 10 frascos de 100ml pedidos por Murray, incluindo uma ordem final 10 dias antes de Jackson parar de respirar, foi para o apartamento de Santa Monica, onde a amante de Murray e seu pequeno filho vivia.

Mais tarde naquele mês, Murray encomendou 20 frascos de midazolan e 20 frascos de lorazepam.

Em 12 de maio, Murray encomendou mais quatro caixas de Propofol, juntamente com duas bandejas de midazolan.

Em 10 de junho, Murray encomendou mais quatro caixas de Propofol de 20ml.

Ao todo, Murray encomendou 255 frascos de Propofol em dois meses - incluindo 130 frascos de propofol, em doses de 100ml e outra 125 frascos de Propofol em frascos de 20ml.

Lopez disse que quando ele se ofereceu para entregar pessoalmente um pedido durante uma viagem para Los Angeles, Murray disse-lhe que não.

Os advogados de defesa em tribunal sugeriu que a quantidade de propofol que Murray deu a Jackson não foi suficiente para causar a morte do cantor no dia 25 de junho de 2009. Sob interrogatório por um procurador, o farmacêutico disse Murray pediu várias vezes conselhos sobre o que tomar para aumentar sua energia e "vigília".

Lopez disse que criou uma cápsula de três produtos over-the-counter - efedrina, cafeína e aspirina - para o médico, que mais tarde disse que tinha ajudado o seu problema.

O juiz Michael Pastor também analisou dados recolhidos a partir do iPhone de Murray. As capturas de tela do médico de caixa de correio electrónico mostram que ele e outros envolvidos com a série de shows que planejava a volta de Jackson estavam discutindo a saúde do cantor nas horas antes de Jackson morrer.

Em um e-mail apresentado em juízo, mostra uma corretora de seguros de Londres tentando garantir uma política em caso de cancelamento solicitando que Murray fornecesse detalhes sobre os cuidados com o cantor e responder às alegações da mídia que Jackson sofria de lúpus, câncer e outras doenças.

O médico responde por e-mail que ele não tinha autorização para compartilhar a informação, mas escreveu: "Tanto quanto as declarações de seu estado de saúde publicadas na imprensa, deixe-me dizer que são todos falaciosos ao melhor de meu conhecimento."

Fonte: http://latimesblogs.latimes.com/lanow/2011/01/michael-jackson-hearing-pharmacist-sent-large-amounts-of-anesthetic-to-dr-conrad-murray.html#more

Trechos dos depoimentos do dia, segundo relato do blog "Trials & Tribulations":

Segundo depoimento do investigador Orlando Martinez, Conrad Murray afirmou que foi apresentado a Michael Jackson, em 2006, pelo filho de um paciente. Ele foi contratado na época para tratar MJ e seus filhos de uma gripe, em Las Vegas. Em 2009, Dr. Murray disse que recebeu um telefonema de Michael Amir Williams, assistente de MJ, pedindo para tratá-lo durante a turnê. Depois, o próprio Michael ligou para dizer que estava muito feliz por ele aceitar acompanhá-lo na turnê.

Stephen J. Marx, que depôs hoje, é o perito que recuperou dados do Iphone de Murray.

Entre eles, está um e-mail datado de 25 junho de 2009, assinado por Bob Taylor, da Seguradora Bob Taylor's de Londres. O conteúdo diz:

"Olá, Conrad

Você é o único médico que foi consultado neste período, e seus registros remontam à 2006 quando conheceu MJ?"

Murray responde que "sim", e acrescenta também:

"Aquela autorização para liberação dos registros médicos para o seguro. Ele negou autorização para liberá-los. Quanto às declarações sobre seu estado de saúde publicadas na imprensa, deixe-me dizer que são completamente falaciosas."

Assinado, Conrad Murray

* Dúvida do blogueiro sobre se foi MJ ou Murray quem negou o acesso da seguradora aos registros.

Martinez, detetive em homicídios de LA , testemunhou que começou a tentar entrar em contato com Murray em 25 de junho, mas não conseguiu. Martinez recebeu uma ligação do advogado de Murray em 26 de junho. Martinez e o advogado de Murray, Michael Pena, fizeram um acordo para que Murray encontrasse Martinez em 27 de junho, em um hotel em Marina Del Rey.

Na audiência de hoje, Martinez contou que Murray disse que injetava 50mg de Propofol em Jackson. Martinez testemunhou que Murray disse a ele que 50mg era o máximo que dava a Jackson.

Martinez diz que o Dr. Murray disse que Murray sentiu que MJ desenvolveu uma dependência em Propofol, então com a permissão de MJ ele introduziu midazolam e lorazepam, para ajudar MJ a dormir.

Martinez conta a versão de Murray dos acontecimentos

2 AM: 10mg de valium oralmente, 2 ml de lorazapam com soro fisiológico administrada lentamente por 2 a 3 minutos. Feito com seringa usando o IV

3 AM: 2 mg de diazopam, mesmo método

3:20 AM: MJ dorme por 10-12 minutos e então acorda e Murray dá mais Mirazapam - não faz efeito

5AM: 2mg de lorazapam - não faz efeito.

7:30AM: MJ ainda acordado, Murray dá mais 2mg de diazopam - não faz efeito.

10AM: MJ pede pelo seu "leite" - propofol

Martinez diz que Murray se descreveu como "pressionado" para administrar propofol apesar de suas preocupações de que MJ tivesse se tornado um viciado enquanto se preparava para TII.

10:20-10:40: Murray injeta 25mg de propofol durante um tempo

11AM: MJ dorme. Murray olha MJ por um tempo e quando se sente seguro para deixar o quarto, vai ao banheiro por 2 minutos.

Ele volta após 2 minutos, assustado em ver que MJ não estava respirando, Murray começa a fazer compressão torácica - uma mão segurando as costas de MJ e outro no seu peito. Ele diz também ter feito respiração boca-boca.

Martinez pergunta porque Murray não colocolu Michael no chão, Murray disse que não conseguia movê-lo para o chão sozinho.

Martinez pergunta então porque Murray não chamou a emergência, Murray diz que estava tentando ressuscitar MJ e não quis interromper, por isso não ligou para a emergência.

Murray não disse ao detetive que estava dando telefonemas e mandando sms quando ele supostamente estaria cuidando de MJ.

Martinez perguntou a Murray se Jackson pedia para "empurrar o propofol" ele mesmo e Murray disse que sim. Murray disse que Jackson falava que outros médicos o deixavam fazer isso.

mjtudibom escreveu:Obrigada Femme!
Acho que me equivoquei. Me corrija se eu estiver errada. A seguradora teve sim, acesso a um atestado médico onde constava que Michael estava bem de saúde. O que é diferente de ter acesso ao seu histórico médico, que é privado. Foi essa a confusão que fiz, confundi atestado médico com registro médico.

Isso mesmo, ele foi submetido a uma extensa avaliação médica em fevereiro (2009) a pedido da seguradora Lloyd's, como uma condição para a apólice ser assinada. Achei uma reportagem do Los Angeles Times que dá alguns detalhes sobre o seguro.


Jackson estava agendado para uma segunda avaliação médica

Harriet Ryan, em 7 de agosto de 2009

Traduzido e editado por Femme exclusivamente para o MJ Dreamer.

Michael Jackson estava agendado para ser submetido a uma segunda avaliação médica por um médico da companhia de seguros no momento de sua morte, de acordo com os termos da apólice de seguros firmada pelo promotor de seus planejados shows de retorno, em Londres.

Um médico de Nova York submeteu Jackson a uma bateria de exames médicos, em fevereiro, para que a promotora AEG Live pudesse obter o seguro para uma parte das apresentações, mas a operadora de seguros britânica, a Lloyd's, insistiu em uma avaliação feita por um médico de Londres para mais próximo da data do show, em 13 de julho.

Sob os termos em vigor quando Jackson morreu, a apólice de $ 17,5 milhões cobria apenas "perdas" - cancelamentos ou não-aparições pelo ícone pop, "resultantes de acidente". Esta cobertura poderia ter sido expandida para incluir shows cancelados por morte por causas naturais ou por doença, mas apenas depois que os funcionários da seguradora tivessem revisado os resultados do segundo exame médico e assistido a um ensaio geral do show no O2 Arena.

Na quinta-feira, a AEG Live forneceu uma cópia da apólice para a mãe de Jackson, Katherine, no que a empresa afirma ser um esforço para acabar com a desinformação sobre os seus termos. O pai do artista, Joe Jackson, sugeriu em uma entrevista de domingo com Geraldo Rivera, da Fox News, que havia algo suspeito sobre a apólice da AEG.

De acordo com uma cópia obtida pelo The Times, a apólice especificamente proibia qualquer pagamento se os cancelamentos estivessem relacionados ao uso de drogas ilegais.

"Este seguro não cobre qualquer perda direta ou indiretamente decorrente, ou com contribuicão de, ou resultantes de... posse ilegal ou consumo ilícito de drogas e seus efeitos", reza a apólice.

A apólice da Lloyd's cobria os rendimentos que deveriam ser gerados durante os 13 primeiros dos 50 shows previstos.

Grande parte da apólice parece padrão, mas os aspectos testemunham a fama mundial de Jackson. Em um esforço para proteger sua privacidade, Jackson foi referido ao longo de toda a apólice como Mark Jones. A apólice também indica uma grande participação em manter Jackson saudável. Como um resfriado comum levava a um custo potencial de milhões, a apólice impedia Jackson de realizar sessões de "encontrar-e-cumprimentar" com os fãs.

A apólice, assinada em abril, também cobria o gerente de Michael Jackson, Dr. Tohme Tohme.

"Acho que eles me colocaram no seguro porque estávamos viajando juntos e íamos ficar juntos", disse o empresário.

Fonte: Los Angeles Times